Caminhões começam a sair da frente do Gigantão
Dezenas de caminhões com diferentes tipos de cargas, inclusive combustíveis e gás de cozinha, começaram a se desmobilizar e deixar o ponto de paralisação na SP-333 em frente ao posto Gigantão, zona Norte de Marília, na manhã desta quarta-feira (30).
No entanto, alguns caminhoneiros continuam parados naquele local e pretendem manter o movimento, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem. A situação deve ficar mais clara ao longo do dia. Na Rodovia do Contorno o trânsito de veículos grandes, praticamente inexistente nos últimos dias, já começa a ser notado.
A Polícia Rodoviária mobilizou viaturas até o Gigantão, mas a informação é de que os caminhoneiros que desejavam seguir viagem foram “liberados” pelo próprio movimento, sem lideranças claras no momento.
Ontem (29) o Ministério Público Federal, polícia e outras instituições anunciaram a realização de operações para liberar cargas que estavam sendo sequestradas e também revelaram que são investigados casos de ameaças.
Desde segunda-feira (28) cargas de combustíveis são escoltadas até Marília, onde não havia mais nenhum ponto de venda abastecido. A situação estava crítica na cidade e o risco de colapso no transporte público, por exemplo, era iminente.
A greve dos caminhoneiros também fez acabarem os botijões de gás e produtos nas prateleiras dos supermercados, além de transtornos nos serviços públicos e outros problemas.
A desmobilização começa acontecer depois de o Governo Federal já ter cedido a diversos pedidos da categoria. Críticos afirmam que o presidente e sua equipe demoraram para agir e subestimaram o movimento.
As entidades que formalmente representam os grevistas haviam aderido, após negociações e resistências, ao acordo com o poder público, mas os caminhoneiros autônomos resolveram insistir na mobilização e acusaram os supostos líderes de terem se vendido.