Marília tem pior qualidade do ar em cinco anos, mostra pesquisa da Cetesb
Uma pesquisa divulgada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na semana passada mostra que em 2017 Marília teve o maior número de dias com qualidade do ar moderada e ruim em cinco anos, período disponibilizado no relatório.
A pesquisa “Qualidade do Ar no Estado de São Paulo”, no entanto, coloca Marília em uma das melhores posições do ranking formado por 32 cidades e regiões classificadas conforme concentração média anual de micropartículas inaláveis. O município ficou no sexto lugar do melhor para o pior.
A piora em comparação com os últimos anos foi sentida em todo o interior de São Paulo. São analisados os resultados das captações feitas em estações de monitoramento do ar. Em Marília os instrumentos ficam no bairro Lorenzetti, em uma Unidade Básica de Saúde.
A cidade foi classificada na maioria dos dias do ano passado com qualidade do ar boa. Porém, em 3,6% dos 365 dias de 2017 houve classificação como “ruim” e em 9,4% “moderada” no quesito poluente ozônio.
No quesito micropartículas inaláveis, durante 5,2% dos dias de 2017 a qualidade foi considerada “moderada” e nos 94,8% restantes do ano foi “boa”. Nos dois casos foram os piores resultados desde 2013.
A concentração média anual das micropartículas inaláveis em Marília ficou próxima da metade do limite considerável aceitável, o que é bastante positivo para a cidade. Em apenas três dias do ano passado o limite foi ultrapassado. A última vez que houve ultrapassagem, porém, foi em 2014, e em um único dia.
De acordo com a Cetesb, as maiores ocorrências de concentrações elevadas de material particulado estiveram associadas, principalmente, aos eventos de estiagem observados nos meses de julho, agosto e setembro.
Marília é considerada pela Cetesb como uma cidade de vocação agropecuária. Outras cidades são classificadas nas categorias industrial e em industrialização.
A emissão de dióxido de carbono em Marília é de 2,09 toneladas por ano, os poluentes atmosféricos somam 0,43 tonelada, os óxidos de nitrogênio 0,99 tonelada, as micropartículas 0,03 tonelada e dióxido de enxofre também 0,03 tonelada.
Entenda
Marília apresentou, como dito, alguns dias de inadequação na quantidade de partículas inaláveis e ozônio no ar. Saiba um pouco mais sobre as substâncias que apareceram em excesso.
Partículas Inaláveis: Partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem, que podem permanecer no ar e percorrer longas distâncias. Proveniente de processos de combustão aerossol. Provocam danos à vegetação, deterioração da visibilidade e contaminação do solo e da água.
Ozônio: É um gás incolor, inodoro nas concentrações ambientais e o principal componente da névoa fotoquímica. Não é emitido diretamente para a atmosfera. É produzido fotoquimicamente pela radiação solar sobre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis. Provocam danos às colheitas, à vegetação natural, plantações agrícolas; plantas ornamentais.
Qualidade do ar
Acima a reportagem mostra que foram poucos, mas Marília registrou sim alguns dias de classificação de qualidade do ar moderada e até ruim em relação a alguns poluentes.
Quando é apontada a qualidade “moderada” pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. A população, em geral, não é afetada.
Já na classificação “ruim” toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.