Eleição do Sindimmar segue com polêmicas e acusações
O processo eleitoral do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília) continua tumultuado e existe um racha na comissão nomeada para organizar o pleito. Estão homologadas todas as cinco chapas inscritas.
A eleição está marcada para acontecer nos dias 15, 16 e 17 de maio. Podem ser candidatos e votar nas eleições os servidores sindicalizados há seis meses e com mensalidade em dia.
A primeira reunião da comissão eleitoral estava marcada para acontecer na sede na entidade sindical na quarta-feira (2). No entanto representantes de três chapas de oposição dizem que foram impedidos de entrar.
Já o atual presidente do Sindimmar, Mauro Cirino, afirma que as acusações dos adversários são mentirosas e que eles teriam se recusado a participar da reunião, que foi feita e contou com a presença dele, representantes de uma quarta chapa e membros da Federação a qual o sindicato é vinculado – a Fesspmesp.
As três chapas que não participaram agendaram uma nova reunião para acontecer na Câmara de Marília, considerada um espaço neutro, nesta quinta-feira, às 18h. “Não reconheço essa reunião como uma reunião oficial da comissão eleitoral”, afirma Mauro Cirino.
De acordo com Mauro já foi definido que serão colocadas urnas fixas na sede do sindicato e também no setor da Garagem da Prefeitura – onde se concentram funcionários da chapa que participou da reunião com o atual presidente e membros da federação.
“A Garagem é um ponto que concentra muitos trabalhadores”, explica Mauro. Ele também disse que urnas volantes devem ser levadas até aos mais de 200 pontos de trabalho da administração municipal.
Outras queixas
Luciano Cruz, um dos opositores da atual gestão, já vinha se queixando da forma como o processo eleitoral vem sendo tocado. Na sexta-feira (27), quando as chapas se inscreveram, ele disse que a verificação dos documentos não teve a participação de nenhum representante das chapas de oposição.
Nesta quinta-feira (3) ele afirmou ao Marília Notícia que novas supostas irregularidades estão sendo cometidas.
“A chapa da atual diretoria do Sindimmar e algumas outras podem estar com menos números do que o exigido. A gestão que está no poder também não vem prestando contas nos últimos anos, o que impede a participação na eleição”, diz Cruz.
De acordo com ele outro problema envolve a formação da própria comissão eleitoral. Em sua análise, ela não poderia ser composta por membros da federação, apenas por representantes das chapas que disputam o pleito.
Mauro Cirino nega todas as acusação e afirma serem “factoides”. “Tudo isso é interpretação deles, mentiras que não se comprovam”, diz o sindicalista. Opositores não descartam judicializar o pleito.