Gastronomia oriental é chamariz no Japan Fest
Um dos grandes atrativos do Japan Fest é, sem dúvida, a gastronomia oriental. São dezenas de barracas oferecendo uma variedade enorme de pratos japoneses e também de outras culturas próximas. Só na praça de alimentação a reportagem do Marília Notícia contou 29 stands de comida.
Existem alguns clássicos que precisam ser citados logo de cara: o yakissoba, o tempurá e o udon. Claro que as delícias tradicionais não param nessa tríade. As opções são inúmeras e atendem a todos os gostos.
A oportunidade para descobrir novos sabores, texturas e temperos é um importante chamariz do público. São diversos tipos de sushi, sashimi, temaki, além de takoyaki, oniguiri, nikuman (bolinho chinês), harumaki (bolinho primavera), karaaguê (frango frito com pimenta e mel).
Outros pratos tradicionais são os interessantes frango e o porco tenkatsu, empanados e com acompanhamento ao molho oriental, ou o gyudon, que consiste em uma tigela de gohan (arroz) coberto com carne bovina e cebola.
A dica da reportagem é o imperdível guioza, uma fina massa recheada com carne. Tradicionalmente ela é feita na chapa ou no vapor e pode ser com proteína bovina ou suína bem temperada.
Claro que não poderiam faltar as barracas de pastel e comidas mais ocidentais que trazem ainda mais diversidade ao clima da festa da colônia japonesa.
A curiosa batata frita em espiral, isca de tilápia, ceviche peruano e as andinas salchipapas (salsicha com batata), espetinhos e até omelete também são servidos.
Na parte das sobremesas são encontrados churros, cestinhas de chocolate com morango, picolé e outras guloseimas, mas o que não deve ficar de fora da experiência gastronômica dos visitantes são o diferente sorvete frito e o mandiu, um bolinho doce de feijão.
As barracas são comandadas e têm renda revertida para as entidades sociais ou departamento do Nikkey Clube que cuidam de suas organizações. Além da divulgação da cultura alimentar oriental, a parte gastronômica do Japan Fest também tem importante caráter de responsabilidade social.
Tradição
“O yakissoba igual do Nikkey não tem aqui em Marília”, garante Vera Lúcia Gonçalves Matos, que trabalha como voluntária das festas do Nikkey há mais de 15 anos. “É o prato que tem mais procura no meio da colônia japonesa. Estimamos vender 5 mil porções”, diz a especialista no prato oriental.
“Vai carne, lamen (macarrão especial), salsão, acelga, repolho, pimentão colorido, gengibre, óleo de gergilin, hondashi (tempero à base de peixe) e sal. E muito carinho”, detalha a receita.
Já a dona Fujie participou pela primeira vez como voluntária na festa na produção de udon, com massa de macarrão feita pela própria equipe.
“Quase nada é industrializado. O macarrão é feito aqui e o molho é feito à base de carne, legumes, shoyo e serve de tempero. Tudo isso é coado, só para dar o sabor e depois é colocado o tempura, omelete cortado em tirinha, alga combo e cebolinha e uma massa de peixe. Bem tradicional, muito bom”, comenta.
Massao, do Nikkey de Garça, está trabalhando em uma das duas barracas de tempurá – inclusive a reportagem experimentou o tempurá de ambas e é realmente difícil dizer qual o melhor. O tempurá também é bastante procurado pelos visitantes da festa.
Trata-se de um “bolinho frito”, na descrição de Massao. “É feito com farinha de trigo, legumes e um temperinho japonês, um segredinho nosso”, descreve ele. “Ajudamos a divulgar a cultura japonesa com o aspecto da culinária”.