Financiamento imobiliário em Marília chega a R$ 1,3 bilhão
O volume de financiamentos imobiliários em Marília alcançou a cifra de R$ 1,339 bilhão em 2017, o que representou um aumento de 12,4% na comparação com o ano anterior (R$ 1,191 bi). Os dados foram obtidos pelo Marília Notícia junto ao Banco Central do Brasil.
Em comparação com cinco anos antes, 2012, o aumento no volume de financiamento imobiliário no município foi de 188%, já que naquele ano foram emprestados cerca de R$ 465 milhões para aquisição de imóveis pelas agências locais.
Os principais bancos no setor de financiamento imobiliário são a Caixa Econômica Federal, responsável pela maior parte dos empréstimos, e Banco do Brasil. Só a Caixa financiou mais de R$ 1 bilhão em 2017 em Marília, enquanto o BB financiou pouco mais de R$ 160 milhões – aproximadamente dez vezes menos.
O MN também descobriu qual a agência que emprestou mais dinheiro para fins imobiliários no ano passado: a unidade da Caixa localizada na rua Paraná, no Centro, com quase R$ 500 milhões.
Apesar do bom resultado de 2017, fontes da Caixa ouvidas pelo Marília Notícia na condição de anonimato, não se mostraram tão otimistas para 2018 e acham que o volume emprestado no ano passado pode não ser superado, pelo menos até 2019.
O presidente local do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), Hederaldo Benetti, também acha que o mercado imobiliário pode ficar estacionado neste ano, por conta de incertezas com a eleição presidencial e a ocorrência de eventos como a Copa do Mundo, “que param o Brasil”.
Na análise de Benetti, a maior parte dos financiamentos imobiliários em Marília é de vinculada ao Programa Minha Casa Minha Vida, que atende principalmente a população e baixa renda. Para ele, outros segmentos da sociedade não recebem a atenção que poderiam das construtoras.
“Marília é uma cidade em desenvolvimento, com uma classe média-alta expressiva, com muitos profissionais liberais com poder aquisitivo relativamente alto. Esse nicho pode ser melhor explorado nos lançamentos de empreendimentos imobiliários”, avalia.
Para o presidente do Creci o crescimento de 12,4% no volume desse tipo de financiamento entre 2016 e 2017 segue o mesmo nível da evolução em todo o Estado, mas poderia ser maior se houvesse mais diversidade nos tipos de prédios e condomínios residenciais lançados na cidade.