Prefeitura de Marília reduz gastos com pessoal
O balanço das contas de 2017 da Prefeitura de Marília, apresentado na última quarta-feira (28) durante audiência pública na Câmara Municipal, mostrou que o governo do prefeito Daniel Alonso (PSDB) reduziu gastos com folha de pagamento de pessoal.
A informação surge justamente após o Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília) protocolar pedido de reajuste salarial de 12% para este ano e postular outras demandas da categoria a serem discutidas na data-base.
Segundo apresentação dos secretários da Fazenda, Levi Gomes, e Planejamento Econômico, Bruno de Oliveira Nunes, no ano passado foram gastos R$ 329 milhões com o funcionalismo municipal.
Em 2016 teriam sido R$ 338 milhões – cerca de R$ 9 milhões a mais. A redução foi de aproximadamente 2,6% entre o ano retrasado e o passado.
Em 2017 a despesa da Prefeitura com pessoal significou 47% da receita corrente líquida do município. Isso significa que foi cumprido, inclusive com certa folga, o limite máximo que é de 54%. No ano anterior o percentual ficou em 49,64%.
Reivindicações
Além de pedir 12% de reajuste salarial, o sindicato dos trabalhadores da Prefeitura pede equiparação do vale-refeição com a Câmara, já que os funcionários do Executivo recebem R$ 250 ao mês e do Legislativo R$ 480. Outra importante demanda é a liberação de aproximadamente R$ 7 milhões referentes à ‘licenças prêmio’.
Na quarta-feira já houve uma primeira reunião para apresentação dos pedidos do sindicato na negociação salarial de 2018. Outro encontro para discussão das propostas está previsto para o próximo dia 8.
O secretário da Fazenda, Levi, durante apresentação na Câmara, indicou a intenção de negociar os pedidos, mas alertou que é preciso ter “o pé no chão” e “fundamentar os pedidos”. “Não adianta chegar apenas com o número e pedir reajuste”, disse o chefe da pasta.
Uma das brigas será referente ao reajuste. Ano passado foi concedido 2%, mas o sindicato afirma que faltou a recomposição inflacionária de 2,5% de 2017 e 3% de 2016. Fora isso, o que fosse concedido agora seria aumento real.
No entanto, a administração municipal alega que o abono incorporado no ano passado já significou um aumento muito maior do que a inflação para alguns segmentos do funcionalismo.