Novela terá tecnologia cinematográfica
Para não cair na caricatura e ter um resultado tosco como o de outras produções nacionais que flertaram com universo medieval, a Globo fez um grande investimento em tecnologia para criar os cenários de Deus Salve o Rei. A tomar como base os vídeos promocionais já divulgados, tudo tem sido feito com muito esmero.
Como o território brasileiro é carente em ambientes que remetam ao período, o ideal seria que todo o elenco viajasse aos países em que produções internacionais deste tipo se desenvolvem. Mas a Globo encontrou um caminho mais barato – e ousado – para sua novela: criou praticamente todos os cenários em computação gráfica.
“Teremos uma gama muito grande de diferentes técnicas em efeitos visuais. Poderia listar facilmente mais de 20, tais como a criação de ambientes virtuais, personagens virtuais, aplicação de multidões, complementação cenográfica, técnicas de simulação de partículas para destruição, entre outros. Os efeitos mais legais serão os imperceptíveis pelo público. Temos um combinado grande de lugares reais com lugares virtuais. Essa mescla faz a história ganhar uma ambiência única e um realismo fantástico”, explica Paulo Rabello, diretor de Tecnologia do Entretenimento.
A falta de cenários reais tem feito os atores criarem novas técnicas de atuação. “Temos que olhar para o azul e imaginar um monte de coisas. O acabamento fica impressionante, é um jeito novo de atuar e a gente tem que se abrir para essas tecnologias porque cada vez mais isso vai fazer parte da nossa realidade”, explica o ator Caio Blat.
A tecnologia não se aplica somente aos ambientes virtuais. Em alguns momentos, o público verá determinado ator em cena, mas não saberá se ele realmente estava em plena atuação ou se foi um momento criado por computação gráfica.
“Fizeram um scanner do meu rosto para criar o personagem em 3D porque tem algumas cenas de batalhas que são em 3D e a gente nem precisa ir até a locação. A cena inteira é construída por computação. É algo que eu nunca tinha visto e achei que fosse levar mais um tempo até essa tecnologia chegar aqui”, diz Blat.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.