Família Fagionato abre o tradicional presépio
O incrível presépio automatizado da família Fagionato está aberto para visitação em mais uma edição da tradição que já dura mais de 50 anos e deve atrair mais de mil marilienses e moradores de outras cidades da região até meados de janeiro.
São mais de 120 personagens e dezenas deles com movimentos que ajudam a compor o cenário, onde a atração central é o menino Jesus recém-nascido na manjedoura com Maria, José, os visitantes reis magos, vaquinhas e outros animais.
Além das referências bíblicas, o contexto remete ao cotidiano rural com suas atividades características (ao menos no ideal romantizado): lenhadores, mulheres lavando roupa, pessoas tirando água do poço, pescando, serrando, cuidando da criação.
O coração do presépio, responsável por fornecer quase todos os movimentos que encantam os visitantes, é um velho motor de geladeira. A ‘engenhoca’ foi criada por Fernando Fagionato, há 37 anos, assim que a família se mudou para Marília, onde existia energia elétrica.
A tradição de montar o presépio, porém, começou ainda antes, há 53 anos, após uma graça alcançada pela família que morava na zona rural de Quintana (distante 45,2 quilômetros).
O primeiro presépio, ainda sem movimentos, foi comprado em Aparecida do Norte (distante 600 quilômetros de Marília). A filha de Fernando, Angélica Fagionato Rosa, 77 anos, é responsável por manter anualmente a exposição ao público, junto de seu sobrinho Marcelo José Fagionato.
“Quando a gente se mudou para Marília, meu pai fez uma oficina no fundo de casa para automatizar o presépio”, conta a mulher que mora no mesmo imóvel desde que chegou com o pai na cidade.
Angélica fala que mais de 3 mil pessoas já chegaram a visitar o presépio em um único ano, mas ainda hoje são mais de mil visitantes em todas as montagens. “Vem gente de cidade que nem sei onde fica”, fala.
A estrutura também conta com uma roda de água, que funciona independente das correias movidas pelo motor, e centenas de luzes de Natal. As paredes remetem a uma formação rochosa, como se fosse uma gruta. São muitos os detalhes reproduzidos.
“Meu pai queria manter as referências do sítio, então colocou vários personagens desenvolvendo atividades que são típicas da zona rural, de onde nós viemos. A última coisa que ele queria fazer era uma mulher lavando roupa na tábua, mas acabou morrendo antes, em 1992. Quem realizou esse desejo dele foi meu sobrinho, na época com 14 anos”, conta Angélica.
Serviço
O presépio fica na rua Euclides da Cunha 439, no bairro Lorenzeti, entre a zona Oeste e Norte de Marília. A visitação pode ser feita durante os períodos da manhã, tarde e noite – entre 9h e 21h todos os dias da semana até o dia 20 de janeiro.