Marília registrou 412 mortes por HIV em 20 anos
Marília registrou 412 mortes em decorrência do vírus HIV, que provoca a Aids, entre 1996 e 2015, de acordo com informações do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). O Dia mundial de Luta contra a Aids acontece nesta sexta-feira (1).
Foram 169 mortes entre 2006 e 2015 – último ano com dados disponíveis, quando contabilizaram-se 17 óbitos por conta da doença, número dentro da média daquele período que foi de 16,9 mortes por ano com o pico em 2006 quando somaram-se 22 casos.
O sistema do SUS mostra que houve uma queda de 30,4% na mortalidade em relação ao período anterior de dez anos, entre 1996 e 2005, quando foram registradas 243 mortes por HIV na cidade. No final da década de 1990 eram mais de 30 óbitos por ano.
Dados ainda não consolidados indicam que em 2017 foram ao menos sete mortes até setembro apenas entre pacientes internados em Marília. Em 2016, também somente entre os internados, foram 13 óbitos.
No entanto, é importante destacar que após revisão os números de 2016 e 2017 podem subir e não estão elencados entre eles os óbitos que envolvem a Aids fora dos hospitais. Ou seja, sem que a vítima estivesse internada quando morreu.
Internações e custo
Já informações sobre os casos específicos de internações – quando não houve necessariamente a morte do paciente – estão disponíveis sobre o recorte de tempo que vai de 2008 até setembro de 2017.
Nesse período, de quase dez anos, 736 pacientes passaram por internações em Marília por causa da doença. Em 2017, até o nono mês, foram 40 casos. Em 2016, 54 internações, e no ano anterior 77. Os números desde 2015, porém, ainda podem passar por revisão.
Já entre 2008 e 2014, com números sobre internações já revisados e consolidados, foram 565 internações envolvendo o HIV. No período a média foi de 80 internações por ano e o pico foi em 2011, com 103 pacientes internados em Marília.
Todas esses internações, desde 2008, custaram ao poder público, segundo o DataSUS, mais de R$ 1 milhão. As despesas totalizaram R$ 1.072.556,75.
Diagnósticos
Segundo a Secretaria de Saúde de Marília entre janeiro e novembro deste ano, foram confirmados 47 casos positivos na cidade. Em 2016 foram 66 casos diagnosticados.
Dados obtidos pelo Marília Notícia mostram que entre 2007 e 2010 os casos diagnosticados ficaram entre 42 e 47 ocorrências – uma média de 45 novos casos descobertos por ano.
Em 2010, porém, os números mais do que dobraram: 118 diagnósticos. Desde então voltaram a cair para 92 em 2012; 85 em 2013; 44 em 2014. Em 2015 um novo ciclo de crescimento foi iniciado com 59 novos casos.
Fique sabendo
Em Marília, o teste rápido para diagnóstico da doença pode ser feito em uma das 12 UBS (Unidades Básicas de Saúde) e em 34 unidades onde atuam equipes do programa ESF (Estratégia Saúde da Família).
O procedimento é rápido, indolor (basta uma gota de sangue) e o resultado sai em poucos minutos.
Em caso de positividade, o protocolo técnico já prevê a orientação e encaminhamento para o serviço especializado. Atualmente, cerca de 1,5 mil pessoas estão em atendimento na rede municipal em função de alguma IST (Infecção Sexualmente Transmissível).