Harald devolverá terreno para Prefeitura de Marília
A multinacional Harald, do setor de chocolates e outro produtos alimentícios, avisou a Prefeitura de Marília que devolverá a área de 50 mil metros quadrados – aproximadamente sete campos de futebol – localizada no distrito industrial de Lácio.
A notícia foi veiculada em primeira mão pela jornalista Tais Iatecola do jornal O Dia e confirmada pela reportagem do Marília Notícia.
Em julho de 2015, o então prefeito Vinicius Camarinha (PSB) anunciou investimentos na ordem dos R$ 50 milhões para o local, além da geração de 200 empregos diretos.
O motivo da devolução seria a crise econômica e a instabilidade política no país. A situação fez com que a multinacional revesse suas estratégias de investimentos. A doação foi anunciada em 2015, mas só foi concretizada em 2016.
Como o prazo para que a linha de produção entrasse em funcionamento, em meados de 2018, não seria cumprido, a empresa optou pela devolução do espaço.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Cássio Pinto, “a empresa agiu de forma responsável ao ver que não ia conseguir cumprir os termos da doação e se antecipar ao fim do prazo para comunicar a devolução”.
Ele lembra que a Harald já está com uma unidade em funcionamento em Marília, na avenida República, onde são empregados cerca de 80 funcionários. Ali são processados alimentos de amendoim.
“Na época a Harald estudava ir para outras cidade, mas conseguimos trazer eles para Marília. A crise econômica e política afetou os investimentos, mas temos aqui uma unidade deles, produzindo. Eles têm unidades nos quatro continentes. Quando forem ampliar no Brasil, em no futuro, com certeza será aqui em Marília”, fala Cássio.
De acordo com o secretário, outras consequências positivas podem ser observadas. O exemplo dado é de um ex-gerente da Harald que abriu uma nova fábrica com outros empresários no distrito de Lácio.
RCG
Outra empresa que devolveu o terreno doado pela Prefeitura foi a RCG, no começo do ano. A empresa chegou a instalar um barracão provisório onde estava instalada uma linha de produção de lâmpadas de LED, mas acabou fechada.
No terreno que foi devolvido pela RCG estavam previstos investimentos em uma fábrica de quase 7 mil metros quadrados em um terreno de 12 mil metros quadrados onde seriam gerados 350 empregos diretos. O anúncio foi feito em 2014.
“O Governo Federal demorou para regulamentar a questão do LED no Brasil e o mercado foi inundado por produtos chineses de baixa qualidade. O custo começou a ficar muito alto para a RCG. No entanto eles garantiram que continuam tendo interesse em Marília para o futuro”, comentou Cássio.