Estudante acusa lanchonete em Marília de homofobia
Repercutiu nas redes sociais esta semana o comentário de um estudante que diz ter sido vítima de homofobia em uma lanchonete no Jardim Cavallari, zona Oeste de Marília, na última quarta-feira (4).
A publicação do jovem foi feita em um grupo de estudantes da FFC (Faculdade de Filosofia e Ciências) da Unesp.
Ele fala que “como qualquer casal” trocou “alguns carinhos e selinhos” com o seu namorado na lanchonete onde o casal frequenta “como de costume” às quartas-feiras para aproveitar uma promoção tradicional.
O rapaz afirma que as demonstrações de afeto foram suficientes para um garçom dizer que eles deveriam “parar com a falta de respeito” e parar “com essas coisas”.
“Como se ‘essas coisas’ fossem uma afronta ao lugar”, reclama o estudante em seu post.
Em seguida, o dono da lanchonete também teria surgido atrás do funcionário e, de forma rude, segundo o estudante, pedido por “respeito”.
“Na ocasião não soube reagir, me senti muito mal e para não ficar pior emocionalmente acabei indo embora. Por uma reação homofóbica me senti coagido a sair de lá, por apenas estar amando”, desabafou o estudante.
O rapaz termina seu depoimento na internet pedindo sugestões do que fazer, “por acreditar que isso possa acontecer com mais alguém”.
Outro lado
Ouvido pela reportagem, o proprietário da lanchonete se defendeu. “Aqui frequentam várias famílias, entre crianças… estudante da Unesp. De quarta-feira tem a promoção de R$ 5 e vem todo mundo de boa, atendo todo mundo de boa, nunca maltratei ninguém”.
Sobre o episódio onde é acusado de homofobia o dono do estabelecimento comercial argumentou que recebeu o pedido de um outro casal, hétero, “que estava com duas crianças e disse que não tinha condições de ficar ali porque tinham dois meninos se pegando”.
O empresário alega que “apenas” pediu respeito. “Se fosse um casal hétero, na mesma situação, eu também teria pedido respeito, da mesma forma”.
Em uma publicação no Facebook, o proprietário da lanchonete também falou sobre o assunto. “Em um ambiente familiar trato todos com respeito (…) frequentam crianças, idosos, pai e mãe, estudantes. Desde já peço desculpas pelo ocorrido”.
“Pedi para um casal homossexual respeitar nosso ambiente e estou sendo tachado como homofóbico”, falou o dono da lanchonete.
“Algumas pessoas estão indo no meu Facebook, denegrindo minha imagem, fazendo baderna com meu nome, me avaliando como péssimo”.