Pais denunciam paralisação de obras em Emei
Pais de alunos da Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Sítio do Pica-pau Amarelo, na Vila Coimbra, zona Oeste de Marília, reclamam do ritmo das reformas que são executadas no local. Eles afirmam que não existe movimentação de pessoal e o canteiro de obras estaria parado.
O edital para a obra foi aberto em novembro de 2015. O prazo para conclusão era de um ano e meio (540 dias corridos) a partir do início dos serviços. O contrato foi assinado no valor de R$ 1.812.291,23 com a empresa Zanutech Construções no dia 4 de abril do ano passado.
Familiares de alunos e vizinhos ouvidos pela reportagem informaram que a reforma foi iniciada no ano passado e a paralisação aconteceu em julho, junto com o remanejamento das crianças para outras escolas.
Em 2016, quando as melhorias foram anunciadas, o ex-prefeito Vinícius Camarinha disse: “trata-se de uma Emei em grande área e que precisa de uma melhoria completa, inclusive a construção de uma quadra coberta”.
No mesmo dia, a diretora Donata Cássia da Silva declarou: “Será uma reforma muito importante. Salas de aula, refeitório, cozinha, salão de repouso e quadra coberta são essenciais para o perfeito funcionamento da Emei. A obra irá motivar alunos, professores, coordenadores, funcionários e a comunidade”.
A Emei Sítio do Pica Pau Amarelo foi inaugurada em 1.982 e no ano passado contava com quase 400 alunos, na faixa etária de um ano e dez meses até cinco anos e onze meses, sendo 190 atendidos em período integral.
Paralisação
A reportagem não conseguiu o número de alunos matriculados ali no primeiro semestre de 2017, mas desde as férias escolares de julho nenhuma criança voltou para lá. Elas foram remanejadas, com a justificativa de que as obra ficaria perigosa para os alunos.
O Marília Notícia conversou com uma mãe identificada apenas como Jaqueline, que mora no bairro e tem um filho de cinco anos que estuda ali desde o maternal, quando foi matriculado aos dois anos.
“Não tem movimento nenhum. Quando as crianças estavam aqui tinha movimento de caminhão, material. Aí falaram que as crianças tinham que ser remanejadas, que era perigoso. Mas tiraram as crianças e pararam a reforma”, reclama Jaqueline.
Apesar do transporte oferecido pelo município até as escolas para onde os alunos foram remanejados, a mãe reclama da distância. “Existe a preocupação das crianças pegarem o ônibus, ser longe. Aqui era mais fácil”.
Outra mãe de aluno ouvida pela reportagem, Mariana de Carvalho Oliveira, também demonstrou sua insatisfação e denunciou a paralisação.
“Este ano começou o transtorno. As crianças estão divididas. Elas foram levadas para outras escolas com a promessa de que o Sítio do Pica-pau Amarelo estaria reformado até o final deste ano. O problema é que a reforma está parada, só tem um funcionário. Os materiais estão lá estragando”, disse Mariana.
Em 2015 a Emei já tinha passado por outra reforma onde o mesmo problema de paralisação do canteiro foi registrado pela mídia local.
Outro lado
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da administração municipal para comentar sobre o assunto, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
Os telefones disponíveis no site da empresa contratada para o serviço não funcionam.