1º Festival AutonoMinas busca parceiros
Marília recebe no dia 9 de julho o 1º Festival AutonoMinas, na rua lateral da praça São Miguel. O evento vai começar às 14h com graffiti e espaço para as crianças. A abertura do palco acontece às 16h.
Com apoio da Secretaria Municipal da Cultura, a iniciativa também vai contar com parceiros privados que serão divulgados no evento e nas redes sociais.
Idealizado e produzido pelo Estúdio Nosotras e Lua Cheia Produções, em parceria com o projeto AquarEllas, e tantas outras artistas companheiras do caminho, o Festival AutonoMinas conta com uma programação que leva ao palco cantoras, poetas, dançarinas e atrizes de Marília e região, bem como uma intervenção de arte urbana contando com a presença de graffiteiras e stencialistas.
O evento vai contar ainda com espaço onde será montado obstáculos para manobras de skate e um espaço inteiro pensado para as crianças, com pula-pula, brincadeiras, contação de história e oficina de confecção de bonecas Abayomi.
A organização do evento convida a população a apoiar o trabalho artístico das mulheres, participando da campanha financeira e prestigiando o evento.
Para conseguir angariar fundos para realizar o festival, a equipe de produção venderá feijoadas sob encomenda no dia 12 de junho, além de promover uma campanha onde os interessados poderão apoiar financeiramente o evento através de doação por meio de PIX, recebendo uma arte como forma de agradecimento.
Todas as informações sobre as campanhas financeiras e programação do festival podem ser acessadas através do instragram @festivalautonominas.
EVENTO
O Festival AutonoMinas surge da necessidade de criar um espaço artístico pensado, organizado e protagonizado por mulheres. A finalidade é celebrar as várias possibilidades de ser mulher e a diversidade de narrativas e vivências, comemorando a vida, as artes e registrar na história da cidade de Marília os nomes e vozes das mulheres.
“Vivemos em uma sociedade que apaga cotidianamente a participação das mulheres na construção da história numa tentativa de nos colocar como coadjuvantes de nossas próprias vidas”, dizem as organizadoras.
Pesquisas apontam que o Brasil é o 5º país mais perigoso para uma mulher viver no mundo, e existem várias estatísticas que comprovam esse dado. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada. Três em cada cinco mulheres vão sofrer algum tipo de violência ao longo da vida. Mulheres recebem 22% menos que homens ocupando os mesmos cargos. A taxa de feminicídio entre mulheres negras aumentou nos últimos 3 anos. Houve um aumento de 41%, em relação ao ano de 2020, de assassinatos de mulheres trans no Brasil. Há falta de dados específicos sobre o genocídio e violações de corpos-território enfrentada pelas mulheres indígenas no Brasil.
Nesse sentido, o Festival Autonominas destaca também a invisibilização das mulheres na área artística. “As mulheres são invisibilizadas nas mais diferentes linguagens. Historicamente escritoras tiveram que apagar seus nomes para publicar seus livros, assinando como anônimas ou com um nome masculino, nas danças somos constantemente sexualizadas com exigências de exposição dos nossos corpos colocando nossa arte em segundo plano, no teatro por muito tempo papéis femininos foram interpretados por homens porque mulheres eram proibidas de trabalhar como atriz. Já na arte urbana um dos desafios enfrentados pelas mulheres é a ocupação das ruas, já que é um dos espaços onde as mulheres sofrem assédio, importunação e outras violências.”
SERVIÇO
1º Festival AutonoMinas
Data: Nove de Julho [sábado]
Local: rua Piracicaba, próximo à Praça São Miguel
Horário: A partir das 14h