‘10% de reajuste para servidores é inviável’, diz Levi
O secretário da Fazenda de Marília, Levi Gomes, afirmou em entrevista ao Marília Notícia que a reivindicação do sindicato do funcionalismo municipal por 10% de reajuste salarial é “totalmente inviável”.
O presidente do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília), José Paulino, protocolou nesta semana um pedido de reunião com o prefeito Daniel Alonso (PSDB) para discutir o assunto.
Segundo levantamento do sindicato, a soma das perdas salarias desde que o atual mandatário assumiu o poder, em 2017, chega a 8%. A categoria reivindica ainda 2% de aumento real nos salários.
“Vou ter que ver de onde eles pegaram esses números e analisar isso aí com calma”, afirma o chefe da Fazenda que está afastado por alguns dias por questões familiares.
“Mas 10% é inviável, fora de propósito”, afirmou Levi, que diz preferir quitar valores que a Prefeitura deve aos funcionários desde as gestões passadas e vêm se acumulando.
“Temos progressão por mérito que não foi paga, temos premiações que não foram pagas. Dá em torno de R$ 5,5 milhões a R$ 6 milhões”, explica.
Opção
O secretário afirma que vai colocar como opção para os trabalhadores o pagamento dos valores devidos por gestões anteriores e um pequeno reajuste.
“Vou dar 3%, mas vai pagar a premiação? Não, tá suspenso. Progressão? Não, tá suspenso. Quer dizer, eu acabo prejudicando o funcionário”.
Ele explica que cita o reajuste de 3% apenas como exemplo, “poderia ser 2% ou 4% ou sei lá quanto”, completa.
Levi diz também que não quer “na trave dos 51%”, se referindo ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal com base nas receitas do município. Além disso tudo, ainda é preciso viabilizar o plano de carreira, lembra o chefe da área econômica do governo.
Como mostrou o Marília Notícia em reportagem no final de janeiro, Marília fechou o ano passado com R$ 336 milhões destinados à folha de pagamento dos funcionários municipais, o que significou 46,32% da receita.