Mulher com doença rara fica sem andar em menos de 24 horas
Em pouco mais de 24 horas, a espanhola Lidia García Villar, 34, deixou de levar uma vida perfeitamente normal e passou a depender de alguém para tudo. “Me davam banho, me vestiam, me alimentavam…”, diz, lembrando o período logo após o diagnóstico. “Você se sente super vulnerável”, confessa.
Lidia García Villar conta que perdeu a força nas mãos, mas não deu muita importância ao fato. Com o passar das horas descobriu que a sensação foi ficando cada vez mais forte. Quando se deu conta de que os movimentos de seu corpo estavam prejudicados, decidiu ir ao hospital e, ao se consultar com uma neurologista, um dia e meio após os primeiros sintomas, não conseguia mais se levantar sozinha. Tampouco tinha reflexos involuntários.
Lidia, que trabalha como enfermeira no setor de emergência de um hospital em Madri, reconhece ter sentido algum alívio ao ter o diagnóstico confirmado: ela sofria da rara síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que afeta uma a cada 100 mil pessoas no mundo.
A cientista política brasileira Lucia Hipólito, comentarista da rádio CBN, também passou pela mesma situação. Em entrevista ao ‘Programa do Jô’, da TV Globo, ela contou que estava de férias na França quando a doença se manifestou pela primeira vez.
Doença autoimune, a síndrome de Guillain-Barré é uma condição grave por meio da qual o sistema imunológico começa a atacar o sistema nervoso. A doença faz com que as defesas do organismo destruam a mielina que envolve os nervos, que, por sua vez, param de trabalhar. E se os nervos não funcionam, as ordens do cérebro não chegam aos músculos.
Como resultado, os músculos se atrofiam em pouco tempo e pacientes ficam incapacitados em questão de horas. Surpreendentemente, apesar do efeito explosivo, a maioria dos pacientes que sofre dessa rara doença consegue se recuperar depois de um ano.
No entanto, não sem antes passar por um intenso e diário tratamento de reabilitação, com inúmeras sessões de fisioterapia e terapia ocupacional.
Fonte: UOL