HMI tem dia de longas filas e deixa pacientes revoltados
O Hospital Materno Infantil, unidade especializada do Complexo Famema (Faculdade de Medicina de Marília), registrou lentidão no atendimento na última quinta-feira (27) e foi alvo de reclamações de usuários, que chegaram a registrar vídeos da sala de espera e denunciar demora de até seis horas para atendimento. (veja o vídeo)
Foi o caso da secretária Márcia Buriti Coqueiro, de 43 anos, moradora no Nova Marília. Levou a sobrinha Thalita Coqueiro da Silva, grávida de 12 semanas ao hospital, devido a um sangramento.
“Onde já se viu, deixar uma grávida com risco de hemorragia esperando tanto tempo. Isso é desumano. Vi outras mulheres que também estavam na espera quatro, cinco horas, sem sequer uma avaliação. Só acelerou o atendimento quando comecei a gravar”, disse.
No interior do hospital, após ser atendida, ela relatou que muitas mulheres estavam sentadas na fase de pré-parto, à espera de leitos para internação.
Além dos casos de urgência, como o caso de Thalita, o hospital também funciona por agendamento e é referência regional. O Marília Notícia conversou com a cabeleireira Catarina Lepri, de 59 anos, que mora em Garça. A consulta dela com ginecologista estava agendada.
“Demora sim. Tem dia que eu chego às 13h, porque eles (funcionários) marcam nessa hora, mas só vai atender lá pelas quatro ou cinco horas. Os médicos atendem bem, mas o problema é o número de pessoas. Muita gente para pouco médico”, acredita.
Outro lado
Em nota, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília – HCFAMEMA – alegou que nenhum paciente do Pronto Socorro do Materno Infantil ficou desassistido, ao longo do dia citado.
A instituição confirmou que houve “uma maior lentidão no atendimento no período da manhã, mas por causa do excedente de pacientes, acima do normal” e diz que o tempo de espera chegou a ser normalizada já no período da tarde.
O Hospital reiterou que “é referência apenas para atendimentos de médio e alto risco, mas que acaba recebendo pacientes de risco menor, que poderiam ser atendidos em outras unidades de saúde”.
Essa demanda, segundo a instituição, gera “fluxo de atendimento maior que o necessário ou previsto”.