Festival de música e dança no JK abre temporada 2025 do Hip Hop em Marília

Neste sábado (18) o movimento Hip Hop de Marília promove o primeiro festival de música e dança do Slam do Gueto, a “Edição +”, com oito horas de programação, das 16h à meia noite, no Ponto de Cultura Paz pra Nós, do Poliesportivo JK. A entrada é franca.
O festival ou Edição+ amplia o formato tradicional do Slam do Gueto, adicionando atividades que celebram os cinco elementos do Hip Hop, a literatura decolonial e a arte de rua. O evento defende e divulga as manifestações culturais da periferia, que nasceu nas favelas do Rio de Janeiro e de São Paulo e já são cultuadas e praticadas em várias periferias do Brasil.
O evento começa às 17h com uma roda de conversa promovida pelo Coletivo Afroconfluência, composta por Viviane Ribeiro, Talini Sants, Tamiris Brito e Beatriz Duarte. O tema da discussão será “Hábitos de Leitura e Decolonialidade”, abordando como formar hábitos de leitura e introduzir a literatura decolonial no cotidiano. Livros que dialogam com a comunidade periférica e o público do Póli do JK serão apresentados.
A literatura decolonial é uma abordagem que busca romper com práticas e pensamentos colonialistas e racistas, valorizando as vozes dos povos oprimidos. O termo “decolonial” é uma contraposição à “colonialidade”, que se refere às influências culturais, religiosas e econômicas que permaneceram após o fim do colonialismo.
Às 18h15, acontece a Batalha de Poesia Falada, o tradicional Slam do Gueto, também conhecido como batalha de rimas. Os participantes se inscrevem na hora e os três primeiros colocados ganha prêmios. O vencedor garantirá uma vaga na final da temporada, que definirá quem representará Marília no Slam SP 2025. Além da competição, haverá um microfone aberto para quem quiser declamar poesia sem competir.
A batalha de rap (também conhecido como batalha de rimas, batalha de MCs ou duelo de MCs)[1] é um tipo de rap improvisado que utiliza rimas (recurso literário que consiste na repetição de sons semelhantes ou iguais no final ou no meio de palavras ou sílabas, em dois ou mais versos) e que inclui vanglória, insultos, conteúdo de ostentação, conteúdos ideológicos, humor e outros elementos. Vence quem tem os melhores versos improvisados.
Diretamente de Assis, o Coletivo Azzmina traz a Batalha D’Azzmina, uma batalha de rima acompanhada pela DJ Onira. Esta batalha mista, que começa às 20h, contará com oito MCs que terão 45 segundos por rodada para se expressar sobre temas pré-definidos. Premiações serão entregues aos dois primeiros colocados, e Marte Lopes, integrante do coletivo Azzmina, apresentará seu trabalho com arte urbana.
A partir das 19h30, começam os pocket shows musicais com artistas locais e regionais, incluindo Mabeco e o produtor Disfexo, Tia Lua, Kannavis com seu mais novo set e convidados, e Dri Lima, diretamente de Assis. Durante todo o evento, haverá intervenções e exposições de breaking com o B-boy Rony Henrique e outros dançarinos locais.