Fake news, chuva e alta de casos emperram vacinação
O secretário da Saúde de Marília, Cássio Luiz Pinto Junior, aponta três motivos para a demanda por vacinas contra a Covid-19 abaixo do esperado para o público infantil: fake news, tempo chuvoso e alta no contágio.
“São três fatores que influenciam a questão da baixa procura por vacina, inclusive no ‘Dia D’”, aponta o chefe da Saúde municipal. No último sábado (29) foram disponibilizadas cinco mil doses de vacina para a faixa etária entre sete e 11 anos, sem comorbidades.
Apesar da ação, apenas 1.372 crianças foram imunizadas, o equivalente a 27% do esperado. Para Cassinho, como é conhecido, as fake news sobre supostas complicações sofridas por uma criança de Lençóis Paulista (distante 150 quilômetros de Marília), entre outras, foi um fator de peso.
Uma criança de dez anos, moradora daquela cidade, sofreu uma parada cardíaca, mas o Governo do Estado descartou que isso tenha acontecido em decorrência da vacinação. A explicação é que se tratava de paciente com síndrome de Wolff-Parkinson-White.
“Outra questão foi o próprio clima, choveu o tempo todo no sábado e algumas pessoas têm mais dificuldade, isso acaba atrapalhando um pouco”, explica o secretário municipal.
Por fim, Cassinho diz que a elevada taxa de transmissão – e de casos ativos de Covid – também influencia a vacinação infantil, já que os responsáveis não podem levar os menores até os locais de imunização.
Além disso, as crianças que tiveram contato com familiares contaminados, ainda que não apresentem sintomas, precisam esperar um prazo de 15 dias para receber a dose com segurança.