Alimentação e fertilidade: o que uma coisa tem a ver com a outra?
Por escolha, muitas mulheres querem ter filhos, porém, nem sempre se sentem prontas em um determinado momento. Seja por estarem se concentrando na carreira, criando estabilidade financeira ou até mesmo enfrentando tratamentos médicos que podem afetar sua capacidade de engravidar. Por qualquer um destes motivos, é importante que haja a opção de escolher o momento mais adequado para passar por esta experiência tão importante.
É aí que entra a preservação da fertilidade. Não importa o motivo pelo qual você queira adiar a gravidez, tomar medidas para preservar sua fertilidade pode tornar possível a concepção no futuro e uma dessas medidas são os hábitos alimentares.
O envelhecimento ovariano (também conhecido como reserva ovariana) pode ser definido como a perda da saúde reprodutiva dos ovários e óvulos (oócitos) e está associado a um declínio no número de folículos ovarianos.
As mulheres não fazem novos óvulos após o nascimento. A reserva ovariana decresce com a idade e, para algumas mulheres, a fertilidade já começa a diminuir a partir dos 30 anos. O grau de declínio varia de mulher para mulher, mas este envelhecimento começa após os 35 anos e permanece de forma contínua até a menopausa.
ALIMENTAÇÃO
Com a nutrição adequada, a mulher pode e deve se programar para proteger sua reserva ovariana ao longo da vida. Uma das dicas são dietas ricas em ômega 3 e antioxidante (nozes, castanhas, peixe e legumes frescos), que aumentam a sobrevida deste ovário em até três anos. O que é diferente de um cardápio rico em carboidratos, que acelera a menopausa em até um ano.
Alimentos que contenham Vitamina D também são importantes. Ela pode ser encontrada em salmão, sardinha, cavalinha, aveia, gema de ovo e produtos fortificados. Vale ressaltar que muitas mulheres necessitam da suplementação, pois somente com a alimentação não conseguem atingir uma dose significante.
Também é possível usar a Coenzima Q10, que ajuda a melhorar o funcionamento das mitocôndrias, a produção de energia, a maturação dos óvulos e a formação de embriões melhores com maior chance de implantação. Ela pode ser encontrada em grandes concentrações, principalmente em produtos de origem animal, como carnes, aves e pescados, como sardinha, cavalinha e arenque. Ou ainda em óleos vegetais, como óleo de soja, canola, girassol, e oleaginosas – além da suplementação.
Outro ponto importante que precisa ser avaliado é o DHEA, um hormônio normal no organismo que é fabricado no ovário e nas glândulas supra-renais. Ele diminui progressivamente com a idade e é essencial para a fabricação do hormônio estrógeno na mulher. Sua suplementação ajuda a combater o envelhecimento e melhorar a sensação de bem-estar.
Mais informações podem ser obtidas com a nutricionista Natália Figueiredo no Instituto InMulti, na rua Carlos Botelho, 703, pelos telefones (14) 3433-6198 e (14) 9 9162-7550 ou pelo site [clique aqui].
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Natália Figueiredo é nutricionista especialista em nutrição clínica e saúde da mulher (CRN-SP 58451)