Museu local completa 18 anos de atividades
Nesta sexta-feira (25), o Museu de Paleontologia de Marília completa 18 anos de atividades, na promoção do turismo, cultura e o conhecimento sobre o mundo dos dinossauros e outros animais que viveram na região durante a era Cretácea, há cerca de 70 milhões de anos.
O museu foi inaugurado em novembro de 2004, como resultado do acervo de fósseis proveniente dos trabalhos de escavações do paleontólogo William Nava, iniciado em 1993 com a coleta de fósseis pela região, tornando-se, ao longo dos anos, um dos principais centros de pesquisa e estudo de fósseis do Estado de São Paulo e do país.
“Nosso Museu de Paleontologia é reconhecido em todo o Brasil e até mesmo no exterior, devido à exposição de fósseis, especialmente de dinossauros, que acabam chamando mais a atenção do público em geral”, afirma Nava, que é coordenador do Museu e curador da coleção de fósseis.
O público tem a oportunidade de tocar num fóssil verdadeiro de dinossauro, fotografar e conhecer os relatos das descobertas: como aconteceram e porque ocorrem tantos achados na região, além de ver outros fósseis, como os primitivos crocodilos Mariliasuchus e Adamantinasuchus, ovos fossilizados de crocodilos, fósseis de animais invertebrados, bem como adesivos/paleoartes que retratam cenários hipotéticos de como era a região há milhões de anos.
O Museu tem importantes parcerias técnico-científicas com instituições e museus pelo Brasil, como a Universidade de Brasília (NB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Museu Nacional da UFRJ e também com o Museo Argentino de Ciências Naturales (MACN), Buenos Aires, Argentina e Natural History Museum, de Los Angeles, EUA, envolvendo análises e estudos de fósseis.
O Museu de Paleontologia foi reinaugurado recentemente pela Prefeitura, através das secretarias municipais do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico e da Cultura, e passou por uma remodelação e modernização – já que Marília se tornou Município de Interesse Turístico (MIT), em que recursos estaduais permitiram a aquisição de duas réplicas em tamanho real, uma do Titanossauro, com cerca de 12 m de comprimento, na parte externa do Museu, e uma do Abelissauro, com quatro metros, instalada internamente, além de equipamentos tecnológicos, como um tótem onde estão inseridas informações sobre a ciência paleontológica e os animais que aqui habitaram, óculos 3D de realidade virtual e QR Code, que fazem o público interagir com o universo dos dinossauros.
“É uma honra poder compartilhar com o público esse conhecimento científico acerca dos dinossauros e dos fósseis encontrados. Hoje não tem quem não conheça ou não tenha ouvido falar em dinossauros. É uma palavra mágica e fósseis desses animais são encontrados em praticamente todos os continentes. O fato de haver em nosso subsolo evidências da passagem desses fantásticos animais num tempo muito distante e remoto faz de Marília e o oeste paulista uma “janela para o passado”, finaliza o paleontólogo William Nava.