Marília tem redução de pelo menos 23% das chuvas
O volume de chuvas em Marília, no acumulado de janeiro desse ano até esta segunda-feira (26), foi 23,6% menor que o mesmo período do ano passado. A quebra no padrão pode ser ainda maior, de acordo com o local da medição. Pluviômetros no campo registraram 1/3 do volume esperado para o período.
Em Marília, a estação automática instalada na região Oeste da cidade, monitorada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMet), aponta 518,8 milímetros de chuva até o dia 26 de abril.
No mesmo período de 2020, foram 679,4 milímetros apurados pelo mesmo equipamento. Como as chuvas de verão são tipicamente esparsas, a variação é grande, mas todas as aferições do Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee) indicam redução do volume.
O reservatório da Represa do Norte, que auxilia o Sistema Cascata de captação do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem), é uma amostra de como “as águas de março” não vieram em 2021.
O tempo seco, atípico à época, provocou até mesmo a antecipação da florada do ipê branco, que geralmente exibe sua beleza no auge da estiagem, no segundo semestre.
Em função do menor volume no quadrimestre, a preocupação é que a crise hídrica seja antecipada na cidade. Além do impressionante cenário na Represa do Norte, o nível da Cascata é um indicador de como a estiagem já reduz a oferta de água.
Como noticiado pelo Marília Notícia em reportagem anterior, o Daem prevê a possibilidade de racionamento no abastecimento em Marília, como já ocorre em outras cidades.
“Se for usada com racionalidade não vai faltar. Temos feito os investimentos necessários para reservar e fazer a água chegar, mas fato é que a falta de chuva desfavorece não só a captação superficial como até o lençol freático”, finaliza o presidente da autarquia, Marcelo Macedo.