Uma das variantes de Manaus cresce em Marília, diz pesquisa
A variante do coronavírus que prevalece na região de Marília continua sendo a P.2, originária do Rio de Janeiro, mas a presença da variante B.1.128 – uma das surgidas em Manaus (AM) – cresceu significativamente, segundo o novo estudo do Instituto Adolfo Lutz.
O relatório, que data do dia 4 de abril, indica que em 58,82% dos casos de Covid-19 na região está presente a variação fluminense. No levantamento anterior, divulgado pelo Marília Notícia ainda em março, esse percentual era de 60,6%.
Em Marília e região circulam duas variantes manauaras: a a B.1.128 e a P.1.
A segunda variante mais encontrada na regional, segundo o novo levantamento, representa 20,59% dos diagnósticos positivos – a B.1.128. No primeiro estudo, ela dizia respeito a apenas 9,09%. Proporcionalmente, sua presença mais do que dobrou.
Já a variante manaura P.1, considerada a mais perigosa, estava presente em 3,03% dos casos e agora caiu para 2,94%.
No primeiro estudo foram identificados ao todo nove variantes na região. Desta vez, foram mapeadas apenas seis.
A variante do Reino Unido (B.1.177) caiu de 9,09% para 8,82%. Aparecem pela primeira vez as variantes N.9 (5,88%) e 8.1.1.7 (2,94%).
Recentemente, o professor de fisiopatologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília, Vitor Engracia Valenti, explicou que as variantes de Manaus e do Reino Unido são as que mais preocupam os cientistas atualmente.
“Esse monitoramento é muito importante, a fim de identificar padrões nestas variantes que possam provocar efeitos na pandemia. Há muitos questionamentos, que ainda serão respondidos, sobre a transmissibilidade e os efeitos do vírus no organismo”, explicou.
Ele explica que ocorreu uma ‘corrida’ entre as variantes e a falta de controle da pandemia é o que pode causar mais mutações no vírus, que se adapta para sobreviver.