

11 anos. Mais de 95 mil artigos.
12, abr / 2025, 17:24h Boa tarde
O Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (Nies) confirmou nesta semana as duas primeiras mortes por dengue em Garça. O município enfrenta uma escalada preocupante da doença, com 909 casos confirmados, 773 suspeitos em investigação, 45 ocorrências com sinais de alarme e quatro casos classificados como dengue grave, todos com internação hospitalar.
A taxa de incidência em Garça já ultrapassa os níveis considerados epidêmicos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A cidade registra atualmente 2.167,7 casos para cada 100 mil habitantes — número sete vezes maior que o limiar estabelecido pela OMS, de 300 casos por 100 mil habitantes para se caracterizar uma epidemia.
A situação da dengue em Garça neste ano apresentou um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, o município registrava 444 casos confirmados de dengue, nenhuma morte, 11 casos com sinais de alarme e nenhum caso grave.
A comparação mostra que os casos confirmados mais que dobraram, com um aumento de aproximadamente 104,7%. O número de pacientes com sinais de alarme quadruplicou, subindo 309% em relação ao ano anterior.
Além disso, em 2024 não houve registro de casos graves nas primeiras 14 semanas do ano, enquanto em 2025 já são quatro pacientes internados em estado grave, além da confirmação de duas mortes, o que representa um agravamento da doença no município.
SINTOMAS
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e seus sintomas podem variar de leves a graves. Os primeiros sinais geralmente aparecem entre quatro e 10 dias após a picada do mosquito infectado.
Os sintomas iniciais mais comuns incluem febre alta, acima de 38,5°C, dor de cabeça, dores musculares intensas, especialmente nas articulações — o que lhe rendeu o apelido de “febre quebra-ossos” — além de dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, cansaço extremo, manchas vermelhas pelo corpo e perda de apetite.
Em alguns casos, a doença pode evoluir para uma forma mais grave, chamada dengue com sinais de alarme. Nessa fase, mesmo quando a febre começa a diminuir, o estado de saúde do paciente pode piorar.
Os principais sinais de alerta incluem dor abdominal forte e contínua, vômitos persistentes, sangramentos pelo nariz, gengiva ou em outros locais, sonolência excessiva, irritabilidade, dificuldade para respirar, acúmulo de líquidos no abdômen ou pulmões e queda brusca na contagem de plaquetas no sangue.
Quando esses sintomas aparecem, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, pois há risco de evolução para a dengue grave.
A forma grave da doença, antes conhecida como dengue hemorrágica, é caracterizada por complicações mais sérias, como sangramentos intensos, choque circulatório, falência de órgãos e risco de morte.
Os sintomas mais preocupantes incluem queda acentuada da pressão arterial, pulso fraco, extremidades frias, confusão mental e dificuldade respiratória.
Diante de qualquer suspeita, especialmente na presença dos sinais de alarme, o paciente deve ser avaliado com urgência em uma unidade de saúde. O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações e salvar vidas.