Ansiedade e depressão: como a atividade física auxilia no combate a essas doenças
O isolamento e a quarentena durante a pandemia da Covid-19 acabaram limitando a realização de atividade física e a interação social, consequentemente houve um grande impacto na saúde mental, com o aumento de episódios depressivos e importante piora em quadros de ansiedade.
Quando estamos muito ansiosos ou em um episódio depressivo, mesmo sabendo da importância, acabamos deixando a atividade física no final da fila das prioridades.
Transtornos ansiosos e depressivos são bastante comuns e pouco diagnosticados, e alguns sintomas podem ser um sinal de alerta de depressão, como:
- perda dos prazeres;
- redução de energia;
- insônia (geralmente de manutenção);
- sensação de tristeza sem nenhum motivo aparente;
- irritabilidade;
- ganho ou perda de peso significativo;
- dificuldade de concentração;
- pensamentos recorrentes de morte.
Os sintomas de transtorno de ansiedade generalizado podem ser:
- preocupação excessiva, sofrimento excessivo em situações comuns do cotidiano;
- inquietação ou sensação de estar com os “nervos a flor da pele”;
- cansaço;
- dificuldade de se concentrar;
- irritabilidade;
- tensão muscular;
- insônia (geralmente inicial).
O exercício físico realizado de forma regular tem a capacidade de melhorar o humor e fazer com que o sentimento de tristeza e o estresse diminuam.
Isso ocorre porque, ao praticar atividade física, é liberada “endorfina”, conhecida popularmente como o hormônio da felicidade, que funciona como um analgésico natural, aliviando as tensões e regulando as emoções.
Outro benefício é que a prática regular de atividades físicas ajuda a tirar o foco dos problemas. Ao se exercitar, a pessoa esquece um pouco dos contratempos. E, após o exercício, a endorfina é liberada, quando a sensação de bem-estar chega e faz com que ela volte a pensar nos problemas de uma forma mais leve.
Pessoas que sofrem com essas doenças, muitas vezes, encaram a socialização como uma missão impossível. Mas, com a prática de exercícios, a probabilidade de interação social é aumentada, já que a pessoa irá se envolver com outros alunos, instrutor e outros.
Os exercícios escolhidos vão de acordo com o perfil da pessoa, assim como a frequência que serão realizados. É importante que cada um escolha uma atividade que goste ou que tenha interesse em aprender, pois assim a possibilidade da prática ser regular é ainda maior.
Sabemos que diagnósticos devem ser realizados por profissionais devidamente qualificados. Mesmo que você não tenha um transtorno estabelecido, a realização de atividade física regular irá auxiliar na redução dos sintomas.
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Este artigo foi coproduzido com o psiquiatra Elzio Oliveira Munhoz.
Arian Lima é profissional de Educação Física e coach level 1 da CrossFit