Regional

Vereador é preso suspeito de esquema de ‘rachadinha’

A Polícia Civil de Bauru (distante 110 quilômetros de Marília) colocou na cadeia, na manhã desta segunda-feira (29), um dos vereadores mais experientes da cidade. Luiz Carlos Bastazini, o Carlinhos do PS (PTB). Outras cinco pessoas ligadas a ele também foram presas.

O político é investigado em esquema de “rachadinha” com comissionados e troca de favores com eleitores, para manter controle de redutos eleitorais. As prisões temporárias têm prazo de cinco dias.

Nas primeiras horas da manhã, os investigadores cumpriram dez mandados de busca e apreensão e seis de prisão. Todos os endereços são ligados ao vereador, incluindo o gabinete dele, na Câmara Municipal de Bauru.

Os agentes levaram computadores, pendrives e documentos. As buscas e prisões foram resultados de seis meses de investigações, que avançam para a fase final.

Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária no Interior (Deinter 4 – Bauru), Ricardo Martines, o esquema começou a ser desmontado, quando o parlamentar teria passado a pressionar o presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb), para que comissionados ligados a ele fossem nomeados.

A polícia descobriu que um dos servidores que trabalhava na autarquia, indicado por Carlinhos do PS, era obrigado a encaminhar para o parlamentar metade do salário.

As investigações apontaram ainda que o político mantinha uma associação, sem nenhum tipo de formalidade, em um escritório no Jardim Solange, bairro da zona Oeste de Bauru. Os policiais civis estiveram no local e apreenderam planilhas com nomes de 3,5 mil eleitores.

A relação constaria o nome de pessoas a quem o parlamentar teria prestado favores diversos, uma tentativa de manter um tipo de “curral eleitoral”. Cestas básicas, uniformes que seriam doados a times de futebol dos bairros e R$ 60 mil em espécie foram apreendidos.

A prisão do parlamentar não representa implicações políticas imediatas, além do desgaste do político, mas ele pode ser indiciado e responder ação penal. Eventuais sanções por parte da Câmara Municipal – antes de decisão judicial – ainda vai depender dos desdobramentos do caso.

Carlos Rodrigues

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