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‘Vai doer no bolso do povo’, diz Burcão sobre proibição de sacolas plásticas

Vereador Guilherme Burcão está em seu primeiro mandato na Câmara Municipal (Foto: Divulgação)

O vereador Guilherme Burcão (DC) protocolou nesta terça-feira (8), na Câmara Municipal de Marília, projeto de lei que propõe a revogação integral da Lei Municipal nº 7.281/2011, que proíbe o uso de sacolas plásticas convencionais no comércio da cidade.

Em entrevista nesta quarta-feira (9) ao Marília Notícia, o parlamentar defendeu a medida como uma forma de evitar prejuízos à população, sobretudo aquela de menor renda que, segundo sua avaliação, será prejudicada pela nova lei.

“Eu sou a favor do meio ambiente, sim. Mas sou totalmente contra criar medidas que joguem mais custo nas costas do povo”, afirmou Burcão, que está em seu primeiro mandato e foi o segundo mais votado nas eleições de 2024, com 3.420 votos.

Segundo o parlamentar, a exigência de sacolas biodegradáveis ou ecológicas, além de não eliminar o uso do plástico, transfere ao consumidor um custo adicional injusto. “Essa proibição vai atingir justamente quem mais precisa. Quem compra no mercadinho do bairro, na lojinha da vila… Vai ter que pagar por sacola ou gastar com saco de lixo depois. Isso é justo?”, questionou.

A chamada “Lei das Sacolinhas”, de autoria do ex-vereador Eduardo Nascimento, entra em vigor no próximo dia 15. Ela determina a substituição das sacolas plásticas comuns por modelos biodegradáveis, oxi-biodegradáveis ou ecológicos.

Aprovada pela Câmara de Marília em 2011, a norma enfrentou anos de questionamentos judiciais e só voltou a ter validade após uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a constitucionalidade de leis municipais com esse conteúdo.

Para Burcão, a medida é ineficaz do ponto de vista ambiental. “O plástico vai continuar sendo usado, só que em outras formas, muitas vezes ainda mais poluentes. Então a medida não resolve nada e só dificulta a vida de quem tá lutando pra sobreviver.”

O vereador defendeu alternativas como educação ambiental, coleta seletiva, incentivo a embalagens ecológicas e logística reversa. “Enquanto eu for vereador, vou defender o povo de Marília. E pode ter certeza: aqui tem alguém que pensa com responsabilidade ambiental, mas com os pés no chão e o coração no lado certo”, completou.

Rodrigo Viudes

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