Sérgio Sampaio: o poeta músico de Cachoeiro de Itapemirim que encantava com alma, voz e violão (Foto: Divulgação)
Ultimamente voltei a ouvir com mais frequência um compositor que me foi apresentado uns 20 anos atrás: Sérgio Sampaio (1947-1994). Sampaio despontou na cena musical brasileira nos anos de 1970, inclusive era da turma do Raul Seixas e com o Maluco Beleza gravou um LP que se tornou um álbum antológico do rock nacional: “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista”.
Não só antológico, mas raro e genial. É objeto disputado de colecionador e o disco traz entre suas faixas ‘Sessão das Dez’, que Raul Seixas, anos depois, gravaria sozinho. O Maluco Beleza não é a primeira grande proximidade de Sampaio com os nomes imortais da MPB. Sérgio era primo de Raul Sampaio Cocco (1928-2022), cantor da era de ouro do rádio, que compôs “Meu pequeno Cachoeiro”, canção-homenagem à cidade capixaba de Cachoeiro de Itapemirim.
Além do primo músico, Sérgio era conterrâneo de Roberto Carlos, ou seja, cidadão lá de Cachoeiro de Itapemirim (ES). Com uma música confessional – assim como a do “amigo” Roberto – Sérgio chegou a escrever um blues para o conterrâneo: “Meu pobre blues”. Na música, faz referência à dedicação do colega em gravar um disco por ano.
Aliás, Sérgio não era afável às gravadoras, justamente porque ele caminhava pelo caminho dele e não pelas imposições e regras do mercado fonográfico brasileiro. Seu grande sucesso nacional, “Eu quero é botar o meu bloco na rua” era refutado por ele nos shows, sempre intimista: com sua voz e seu violão. Algumas gravações puras – apenas voz de Sérgio e ele dedilhando seu violão – beiram à perfeição artística.
Suas letras – embora escritas entre 40 e 50 anos atrás – continuam bem atuais, provando que sua arte é atemporal. Quem conviveu com ele tinha essa rara impressão: a de que Sérgio Sampaio era póstumo, já no seu tempo. “Homem de trinta” é uma composição formidável, principalmente pelo aspecto intimista.
Rodeada de fantasmas internos e metáforas retiradas da cultura pop – como dos programas de rádio que ouvia, dos filmes em cartaz e das manchetes de jornais – a obra de Sérgio Sampaio é um convite para se deliciar, principalmente para aqueles que gostam da autêntica música brasileira, a mesma de Erasmo Carlos, Rolando Boldrin e tantos outros compositores que “partiram fora do combinado”, mas deixaram suas vozes e seus violões gravados para as futuras gerações.
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