Fórum de Marília; decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso (Foto: Arquivo/Marília Notícia)
A Justiça de Marília condenou, por improbidade administrativa, um médico contratado pela Prefeitura que chegou a manter cinco empregos em cidades diferentes. Ele terá que devolver os salários recebidos e ainda pagar multa equivalente a 50% do valor, além de perda de direitos políticos.
O caso do médico Francisco Amaral Júnior foi denunciado ao Ministério Público em 2017, depois que o Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP) apontou acumulação de mais de dois cargos, em afronta à Constituição Federal.
A análise de contas era referente ao município de Penápolis e apontou a incompatibilidade entre os horários, entre abril de 2010 e janeiro de 2011, em períodos diversos, sempre com três ou mais vínculos.
Por quase seis meses o médico manteve vínculos simultâneos com as prefeituras de Penápolis, Guarantã e Marília, além da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado e da Fundação Casa de Lins.
A apuração do Ministério Público constatou que, no período de 30 de julho e 8 de agosto do mesmo ano, a jornada do médico em Marília terminava às 16h e começava, no mesmo horário, na Fundação Casa de Lins – município localizado a 74 quilômetros de Marília.
Durante a tramitação do processo, Amaral Júnior admitiu a acumulação de funções públicas, mas alegou que agia de forma correta, porque “corria de lá para cá” com a finalidade de cumprir com suas obrigações, em atendimento aos pacientes.
Mas diante das incompatibilidades de horários e transgressão à norma Constitucional – que limita acumulação de cargos públicos – o juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz decidiu pela condenação.
“A Administração Pública despendeu recursos para remunerar o profissional da área médica por horário em que a população ficou desassistida, considerando-se que Francisco Amaral Júnior não devolveu à sociedade a justa contraprestação, com a prestação de serviço pelo tempo em que deveria estar disponível para atendimento”, escreveu o magistrado.
E continuou: “E nem poderia fazê-lo, já que, de forma livre, consciente e voluntária, acumulou vários empregos públicos em municípios distintos, não podendo estar em múltiplos lugares ao mesmo tempo”, constatou o juiz.
A decisão é de primeira instância e o médico poderá recorrer.
A reportagem do Marília Notícia entrou em contato com o médico condenado, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço continua aberto à manifestação.
Os resultados do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) 2025 e da 1ª…
As retiradas em contas de poupança ao longo de novembro de 2025 superaram em R$…
Para 3,1 milhões de moradores de favelas brasileiras, a chegada de uma ambulância na porta…
Moroni Siqueira Rosa, ex-PM acusado de homicídio (Reprodução: Redes Sociais) A defesa do ex-soldado da…
Dois homens armados invadiram uma casa na tarde desta quinta-feira (4), no bairro Maracá III,…
Um homem de 26 anos foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (4) após…
This website uses cookies.