Marília

Marília registra 46 suspeitas de dengue em janeiro

Uma das passeatas contra a doença no ano passado em Marília; dados de janeiro deixam cidade em alerta.

A dengue começa a assustar os marilienses novamente no começo de 2017. De 1 de janeiro até o último dia 24 foram confirmados quatro casos autóctones (com transmissão dentro do próprio município) da doença.

Dados da Vigilância Epidemiológica de Marília, obtidos com exclusividade pelo Marília Notícia, mostram também que já são 46 casos suspeitos na cidade. Outros 14 casos investigados foram descartados por meio de exames.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes Aegytpi, mesmo vetor que também contamina os humanos com o zika vírus, febre amarela e febre chikungunya. Em 2016 houve 226 casos de dengue na cidade.

Dos casos confirmados este ano, dois ocorreram na Vila Real, um no Alto Cafezal e um no Novo Horizonte. Até o momento não houve óbito pela doença em 2017.

Em relação aos casos ainda suspeitos, o bairro campeão de notificações é o Alto Cafezal: nove avisos.

Os bairros Cascata e Aeroporto aparecem na segunda posição, com cinco notificações cada um. Castello Branco e Santa Antonieta I seguem a lista com quatro cada.

Novo Horizonte e Nova Marília tem três casos cada, em que amostras foram coletadas e enviadas para exames. Na Vila Real são dois casos na mesma situação.

Santa Antonieta III, Jardim Julieta, JK, Jânio Quadros, São Judas, Bandeirantes, Chico Mendes, Cavallari, Costa e Silva, Padre Nóbrega e Lácio, tiveram apenas uma notificação de caso suspeito em cada bairro neste primeiro mês.

Ações da Prefeitura

Questionado sobre as ações que deve tomar, a administração municipal disse que “o município de Marília mantém planejamento colegiado e atualizado para as arboviroses incluindo a dengue”. A informação é de que o grupo está atualizando o plano de contingência.

“Toda terça-feira existe uma sala de situação onde se reúnem vários grupos técnicos para discutir e planejar ações de vigilância em saúde. O grupo é formado por técnicos da Vigilância Epidemiológica, Zoonoses, atenção básica, urgência, assistência farmacêutica, Vigilância Sanitária e Cerest. Nesta reunião traçamos estratégias para melhora nos indicadores relacionados a situação epidemiológica vivenciada”, diz comunicado enviado ao MN.

A curva epidemiológica da dengue tem ascendência a partir dos primeiros meses do ano com pico nos meses de fevereiro e março e por isso a a situação é considerada preocupante pela Prefeitura, “ainda mais agora com o aumento das chuvas, o que propicia possibilidade de acúmulo de água em recipientes, possíveis focos para o desenvolvimento do Aedes”.

“Não podemos nos acomodar, cada pessoa deve fazer sua parte, olhar sua casa, seu quintal e uma vez na semana retirar possíveis criadouros. A dengue é um problema de todos, não apenas do poder público. Devemos lembrar que a maior prevenção é não deixar o mosquito nascer”, finaliza o poder público em nota.

Para combater o mosquito, algumas medidas podem ser tomadas pela população:

-Vacinação

-Evitar vasos de plantas com pratos de plásticos para evitar água acumulada;

-Manter ralos internos e externos tampados, assim como vasos sanitários;

-Manter piscinas limpas ou tampadas;

-Evitar descarte de material que possa acumular água (garrafas, latas, pneus e outros).

No caso da vacina, geralmente são recomendadas três doses, que devem ser administradas com intervalos de seis meses entre cada uma.

A aprovação da vacina pelo governo brasileiro ocorreu em dezembro de 2015. Os testes apontaram uma redução de 81% das internações e 93% dos casos graves.

Por enquanto, as doses estarão disponíveis apenas na rede particular e não há previsão de chegada à rede pública.

 

Marília Notícia

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