‘Deve ser retirada toda e qualquer manifestação de que faltou diálogo’, dispara Rezende (Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa)
O presidente da Câmara de Marília, Marcos Rezende (PSD), usou a tribuna do Legislativo para defender sua posição como presidente da Casa e vereador que apoiou debate, tramitação e aprovação da reforma da Previdência do município de Marília. Segundo o parlamentar, ignorar a necessidade do ajuste seria “um crime contra o servidor”.
Rezende lembrou que na sessão do dia 3, quando a matéria foi aprovada, houve tumultos, os quais chamou de “atos criminosos”, incompatíveis com o ambiente democrático.
Os edis, segundo o presidente, mal puderam fazer uso da palavra para o devido debate do projeto. Vale lembrar que a sessão chegou a ser interrompida e houve uso de força policial, para a retirada de manifestantes.
“Naquela fatídica tarde, solicitávamos aos presentes que permitissem que os vereadores tivessem a oportunidade de debate, discutir, emitir opiniões e votar de forma democrática. Esse é o motivo de eu estar aqui hoje, na tribuna, como outros, fazendo estas colocações”, justificou Rezende.
O presidente afirmou que teve a oportunidade de receber “tantas vezes quanto necessário” o sindicato e as categorias que o procuraram. Nestas oportunidades, conforme Rezende, foram sanadas dúvidas e colhidas sugestões, que sempre eram levadas à Secretaria da Fazenda e aos técnicos do Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm).
“Foram realizadas duas audiências públicas. Eu tive a oportunidade de verbalizar que faria quantas fossem necessárias. Na primeira houve grande participação de servidores. Cumprimos o regimento da Casa, com bom andamento, ouvimos a presidente do Instituto, os presentes fizeram as indagações e foram respondidos”, lembrou Marcos Rezende.
Já na segunda audiência, segundo o parlamentar, não houve participação dos servidores. “Providenciamos inclusive, acolhendo sugestões do Sindicato, link para várias plataformas, redes sociais, mas a adesão foi insignificante, mesmo fazendo às 18h, como solicitou a entidade”, apontou.
Para o presidente, é preciso que sejam “retiradas toda e qualquer manifestação de que faltou diálogo, e a reforma foi colocada sem discussão”. Rezende citou ainda que recebeu a diretoria do sindicato dos servidores na sexta-feira (29), último dia de expediente antes do feriado [Finados] prolongado, por duas horas.
Sugestões foram colhidas e, no dia 2 de novembro, o presidente conseguiu se reunir com o secretário municipal da Fazenda, Levi Gomes, e com a presidente do Ipremm, Mônica Regina dos Santos. “A modificação que foi proposta (alíquota progressiva) geraria resultado negativo. Pode-se abrir, no futuro, esse canal, mas no momento a proposta colocada era a que melhor atendia ao servidor”, garantiu.
RESPONSABILIDADE
Rezende lembrou que a reforma da Previdência do servidor mariliense aconteceu depois da mudança no Regime Geral – trabalhadores da inciativa privada – e também após outras reestruturações, como a do servidor do Estado de São Paulo e até da Prefeitura da Capital. As duas últimas, segundo o vereador, muito mais radicais que a local. “Não teriam meio apoio”, disse.
O presidente apontou ainda que o déficit atuarial do Instituto é de R$ 2,3 bilhões. Esse seria o valor que o Ipremm poderia movimentar, caso tivesse se mantido saudável desde que foi criado, até o pagamento da última aposentadoria, considerando servidores admitidos até hoje.
Ao contrário disso, o Regime Próprio tem dívida financeira de R$ 400 milhões, valor que deveria estar capitalizado para honrar as obrigações ao longo do tempo de gestão do primeiro fundo estabelecido.
“Se estamos em uma situação dessa, o Executivo apresenta a necessidade e, se a presidência não pautasse um projeto de reforma, estaria cometendo um crime. É uma insanidade – do ponto de vista da responsabilidade – ser contra esse projeto. No futuro, os servidores irão até nos agradecer pela decisão que tomamos de forma corajosa”, prevê Rezende.
CRIMES
O presidente da Câmara disse ainda acreditar ter havido, “com certeza”, crime de dano e “possivelmente” outros cometidos por servidores mais exaltados.
“Está sendo apurado, encaminhado para a polícia, para a devida apuração dos crimes que cometeram aqui: inflamar o plenário; prejuízo ao patrimônio da Câmara. Nós tivemos que desinfetar o plenário, o que custou R$ 700, quebraram a divisória da Câmara, quer dizer, prejuízos para o erário público e não há necessidade”, concluiu o líder político.
Vítima teve óbito constatado ainda no local (Foto: Alcyr Netto/Marília Notícia) Um acidente de trânsito…
Bild promoveu coquetel para compradores do Villá (Foto: Geovana Rodrigues/Marília Notícia) Há bairros que carregam…
Um jovem de 29 anos afirma ter sido vítima de sequestro relâmpago no bairro Jardim…
Um homem de 48 anos foi preso em flagrante por embriaguez ao volante na noite…
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) publicou a sentença do júri…
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Marília Notícia (@marilianoticia)
This website uses cookies.