Eu quero ajudar a construir outras pontes entre sociedade e democracia

O século XX foi marcado por duas grandes Guerras Mundiais. A primeira, na década de 1920, fundamentalmente de caráter geopolítico. A segunda, na década de 1930, fundamentalmente de cunho ideológico hegemônico.

O que seguiu ao fim da II Grande Guerra, já na segunda metade do século XX, foram as lutas pelos direitos civis. Dos Estados Unidos e da França, principalmente, foram erradiadas as lutas pelo respeito a diversidade racial, de gênero e opções sexuais. Negros, mulheres e homossexuais gritaram cada vez mais alto no decorrer das décadas.

Deste ponto de vista, o século XXI caminha sob a enorme pressão de se constituir como o século da diversidade, no qual esta embutido um sentimento de empatia e simpatia das pessoas não apenas por elas próprias e seus semelhantes, mas pelo outro.

O outro, na filosofia, é frequentemente caracterizado como o diferente, aquele ou aquilo com o qual eu não encontro pontos em comum, com o qual não me identifico e que me causa estranhez.

Na filosofia da educação, o outro é o ponto de partida para a reflexão, e consequentemente para a aprendizagem, já que é o outro, o diferente, que me coloca um problema a ser resolvido. Nesse caso, o outro pode ser um outro social, um colega com hábitos e tradições diferentes da minha, ou uma outro conceitual, uma equação de matemática que me causa confusão e estranhez.

Daí que o contrário da empatia e da simpatia pelo outro é a sua opressão e até mesmo aniquilação.

Eu sempre considerei a cidade de Marília uma cidade um tanto quanto conservadora. Do ponto de vista social, considero a cidade de Marília um tanto quanto preconceituosa.

Do ponto de vista político, considero a cidade de Marília um tanto quanto opressora; e o outro ainda tem pouco espaço de representatividade. E mesmo quando há representantes das minorias, sejam negros, mulheres ou homossexuais, estes ou estas muitas vezes se rendem à opressão da máquina política entranhada na cidade e se submetem às demandas da maioria na legislação. Maldito 10 x 3.

Essas eleições municipais trazem a oportunidade de participarmos da construção de novas pontes entre a sociedade e a democracia, OUTRAS pontes, diria. Na hora de votar, cabe à nós, eleitores, discernir quem são os outros preocupados com os outros, e quem são aqueles que estão apenas cumprindo um papel à serviço do seu opressor.

A diversidade tem que prevalecer em outubro. As eleições de 2016 vão mostrar se Marília esta caminhando rumo à diversidade no século XXI ou voltando ao século XX. O que esta em jogo é nada mais nada menos do que a nossa liberdade.

Marília Notícia

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