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Endividamento já tira mais de R$ 2 milhões do comércio este ano

Levantamento divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), a pedido do Marília Notícia, aponta que o endividamento das famílias na pandemia da Covid-19 já tirou mais de R$ 2 milhões de circulação em Marília, apenas neste primeiro quadrimestre de 2021.

Dados mostram que, desde o dia 1º de janeiro até hoje, estão cadastrados no município 2.509 CPFs devedores, que são donos de 3.655 dívidas. Estes débitos, sem correção, perfazem um total R$ 2.098.466,91.

Ainda de acordo com as estatísticas levantadas, no banco de dados de dívidas dos últimos cinco anos, são cadastrados 18.996 marilienses inadimplentes, que possuem 32.058 dívidas (R$ 15,8 milhões).

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) indica que o endividamento dos brasileiros mais pobres saltou em abril deste ano e voltou a um patamar recorde.

O estudo mostra que, no mês passado, 22,3% da população com renda de até R$ 2.100 se dizia endividada, percentual que somente tinha sido observado em junho de 2016, quando enfrentava desgaste político com a apreciação de um processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, o que também afetou diretamente a economia brasileira.

Ao MN, o superintendente da Acim, José Augusto Gomes, afirma que existe uma preocupação muito grande dos comerciantes com a inadimplência.

“Afinal, o comerciante também tem seus compromissos para honrar, seja com aluguel, custo fixo da organização, pagamento de folha dos funcionários e até mesmo com a compra dos produtos que serão revendidos no comércio.  A conta da inadimplência fica pesada para o comerciante que, quando não tem o recurso, não recebe do consumidor, tem que buscar crédito no mercado, a taxas exorbitantes de juros, para pagar, honrar o compromisso”, destaca.

Para Gomes, a pessoa que está endividada deve buscar o diálogo. “Aquele que está com o nome registrado no banco de dados do SCPC que procure o comerciante, que busque uma renegociação. Todos estão abertos, principalmente neste momento de pandemia, para que se possa ter seu nome limpo na praça, continuar comprando. Isso também para o comerciante poder receber este recurso e continuar mantendo seu negócio e, especialmente, o seu rol de funcionários”, conclui.

Carolina Rolta

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