Marília

Denúncias contra PA Sul ‘pipocam’ após suposto erro médico

Uma “chuva” de queixas e denúncias envolvendo o Pronto Atendimento (PA) da zona Sul chegou ao conhecimento do Marília Notícia após a divulgação, nesta quarta-feira (15), de um suposto erro médico ocorrido no local.

Na data, reportagem do MN informou que um mecânico, de 52 anos, cobrava mais de R$ 57 mil de indenização em uma ação movida contra a Prefeitura de Marília e uma médica do PA Sul. Casos parecidos estão entre as novas reclamações registradas pela equipe.

O autor do processo esteve na unidade de saúde no dia 27 de setembro deste ano, com muita dor no tornozelo direito, decorrente de um trauma provocado durante a prática de exercício esportivo. Ele teria recebido alta sem imobilização, mas depois constatou uma fratura.

No perfil do MN, a mariliense Andreia Cristina diz que “aconteceu a mesma coisa com meu marido, agora ele está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”. Ela também promete acionar a Justiça.

Outra mulher, Miriam Varise, afirma ter sido vítima de situação parecida, inclusive com um processo em andamento. “Fui lá com o pé quebrado e a doutora me falou que era apenas uma torção. Após dez dias de muito sofrimento, dores insuportáveis, fui lá novamente e outro médico constatou a fratura”.

A leitora do MN, Jaqueline Cassiano relata que foi até o PA Sul com a filha passando mal e disseram que “não era nada”. “Vim para o Hospital Materno Infantil, era pneumonia. Se eu fosse por eles, tinha perdido minha filha”.

Outra mariliense, identificada apenas como Juh, disse que há algum tempo precisou de atendimento recorrente no PA Sul em decorrência de muita dor.

“Só me passavam remédio e nada, até que um dia o médico falou que essa dor que eu estava sentido era mentira minha. Falou com todas as palavras”, conta. “Depois de tanto insistir, ele fez o encaminhamento. Resultado: depois de me examinarem, eu fui com emergência para a cirurgia com o apêndice prontinho para explodir”.

Iracema Guimaraes afirma que levou a filha para atendimento “com os dedos roxos” e muita dor. “Chegando lá, uma médica atendeu e passou supositório para ela, dizendo que era intestino. A menina passou a noite toda ruim e no outro dia a levei na Santa Casa. Era pneumonia e o pulmão estava quase todo comprometido”.

OUTRO LADO

A reportagem questionou a Prefeitura de Marília sobre as reclamações citadas acima e outras que chegaram ao conhecimento da reportagem, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Leonardo Moreno

Leonardo Moreno é jornalista e atualmente cursa Ciências Sociais. Vê o jornalismo de dados como uma importante ferramenta para contar histórias, analisar a sociedade e investigar o poder público e seus agentes.

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