Uma hora depois de concluída a cirurgia, o presidente manifestou em seu Twitter que estava bem. Postou três emojis: um com a bandeira do Brasil, outro com uma mão fazendo sinal de positivo e um terceiro com duas mãos juntas agradecendo.
A operação, iniciada às 8h30 e concluída às 15h30, durou o dobro do previsto por causa de inúmeras aderências intestinais encontradas no abdome do presidente. A condição, decorrente das duas cirurgias anteriores, ocorre quando tecidos de cicatrização das alças do intestino “grudam” em outras partes do órgão, o que pode levar à obstrução intestinal.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, a quantidade de aderências exigiu que os cirurgiões fizessem “uma verdadeira obra de arte” para poder remover todas elas e reparar o intestino de Bolsonaro. “A cirurgia foi conduzida de uma forma muito especial, muito cuidadosa, devido à quantidade muito grande de aderências”, afirmou o porta-voz, em coletiva de imprensa no Hospital Albert Einstein, horas depois da cirurgia.
Durante a cirurgia, foi necessária a retirada de uma parte do intestino grosso chamada de cólon ascendente ou direito. “Foi removido por segurança”, disse o cirurgião chefe da equipe, Antônio Luiz Macedo.
Com extensão de 15 a 20 centímetros, o cólon ascendente era a parte do intestino que havia sido exteriorizada até a parede abdominal para a saída de fezes até a bolsa coletora.
Com a retirada dessa parte, a costura interna feita para restabelecer o trânsito intestinal foi feita entre o íleo (última parte do intestino delgado) e o cólon transverso (veja detalhes na ilustração ao lado).
Macedo não explicou quais seriam as questões de segurança que levaram à remoção do cólon ascendente, mas, segundo cirurgiões ouvidos pela reportagem, essa opção pode ser feita quando o tecido do cólon ascendente está deteriorado ou com muitas aderências ou então pelo fato de a costura entre o íleo e o cólon ser menos propensa ao rompimento dos pontos do que uma costura entre o cólon ascendente e o transverso. “Enquanto a probabilidade de rompimento da sutura é de 2% no caso de ligação entre duas partes do cólon, o índice cai para 1% quando ela é feita entre o íleo e o cólon”, afirma Fábio Guilherme de Campos, professor da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
De acordo com o especialista, a retirada dessa parte do intestino grosso tem poucas consequências para o paciente. “O que pode acontecer é o paciente evacuar um pouco mais do que evacuava antes, mas é uma mudança pequena na frequência e, com o tempo, o intestino vai se adaptando”, diz ele.
Volta ao trabalho
Ainda na entrevista coletiva, Rêgo Barros confirmou que Bolsonaro ficará em repouso por 48 horas e, na quarta-feira, retomará as atividades de presidente, em gabinete montado no hospital. A previsão é de que Bolsonaro tenha alta em dez dias. No entanto, disse o porta-voz, a depender da evolução do quadro do presidente, esse período poderá ser menor.
Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou no último domingo, 27, para que um paciente submetido a esse tipo de cirurgia tenha alta, é necessário que o intestino volte a funcionar normalmente. A reintroducação alimentar é feita aos poucos e espera-se que o operado volte a evacuar cerca de seis dias depois da cirurgia.
O porta-voz afirmou também que a equipe médica não lhe informou nenhuma limitação física do presidente como decorrência da cirurgia.
Acompanharam Bolsonaro no hospital a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e três dos seus cinco filhos: Eduardo, Carlos e Renan
Bolsonaro usava a bolsa de colostomia desde o dia 6 de setembro, quando levou uma facada em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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