Túmulo violado em cemitério vira caso de polícia
Uma dona de casa de 36 anos registrou boletim de ocorrência na manhã desta quinta-feira (6) denunciando danos provocados no túmulo de sua mãe no Cemitério da Saudade, na avenida de mesmo nome, zona Oeste de Marília.
A denunciante conta que o túmulo está sendo utilizado, provavelmente, para esconder drogas e outros ilícitos. Ela afirma que presos do regime semiaberto que fazem capinação no local podem estar envolvidos.
De acordo com a mulher que registrou o boletim de ocorrência, foi retirado o rejunte de uma das placas do túmulo que foi desprendida e levantada, permitindo o acesso ao seu interior.
Nada teria sido subtraído, mas a denunciante contou que as flores do túmulo estavam dispostas de forma estranha, formando um misterioso triângulo, o que, segundo ela, poderia indicar um esconderijo, por exemplo.
Consta que os presos do semiaberto já foram vistos várias vezes ali dentro sem a presença do agente de escolta. A mulher também afirma que reclamou na administração do cemitério, mas o que ouviu de resposta não lhe pareceu suficiente.
“Eles falam que não tem responsabilidade alguma pelos túmulos do cemitério ou o que acontece com eles. Isso é um absurdo, nós pagamos altas taxas para qualquer coisa dentro do cemitério. Quer dizer que isso vai acontecer qualquer hora? Ficamos sem proteção nenhuma contra essa falta de respeito?”, reclama a vitima.
Em um vídeo feito pela mulher que teve o túmulo da mãe violado, funcionários do município que trabalham no cemitério dizem que ela deve reclamar na Emdurb e que o guarda que trabalha ali no período noturno só cuida do patrimônio municipal.
A administração municipal foi procurada para comentar o assunto, mas não houve retorno até o fechamento desta reportagem.