A Justiça de Marília submete a júri popular, nesta terça-feira (19), seis homens acusados da morte do zelador Manoel da Silva Barreto, de 36 anos, e da gestante Carla da Silva de Moraes, de 25 anos, em um crime brutal ocorrido em novembro de 2020, em um bar na zona sul da cidade. Os réus respondem ainda pelo crime de aborto, pela morte do bebê.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) os acusa de duplo homicídio qualificado, aborto provocado por terceiro e duas tentativas de homicídio qualificadas. As vítimas sobreviventes foram a esposa de Manoel e o marido de Carla.
As acusações incluem qualificadoras como motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, e emprego de meio que resultou em perigo comum. Somadas, as penas podem ultrapassar os 110 anos de prisão em regime fechado.
CRIME
As investigações indicam que o crime foi motivado por uma dívida ligada ao tráfico de drogas. Manoel teria sido o alvo do grupo, em retaliação a um suposto desvio de entorpecentes atribuído a um irmão, que teria envolvimento com uma organização criminosa.
Os acusados acreditavam que Manoel, considerado por eles um “dedo mole” — termo usado no meio criminal para descrever alguém que poderia agir por impulso —, sairia em defesa do irmão, o que colocava os interesses do grupo em risco.
A denúncia narra que o assassinato foi planejado durante uma festa por três deles. Eles teriam convocado outros três para executar o plano.
Um dos réus teria providenciado uma motocicleta usada por outro acusado, enquanto um terceiro compareceu ao local em um carro Fiat Uno pertencente à sua companheira. Na ação, os acusados se dividiram: dois chegaram ao bar armados, em uma moto, enquanto os demais seguiram de carro, dando suporte e cobertura.
Segundo a acusação, um deles iniciou os disparos contra Manoel, que tentou fugir, mas foi atingido e caiu. Mesmo caído, foi alvejado várias vezes até a execução ser consumada. Outro também atirou contra o bar, e ambos atingiram Carla, que estava grávida de oito meses, causando sua morte e do bebê.
Um deles ainda tentou atirar em outra vítima, mas a arma falhou. Outro acusado também mirou em uma quarta pessoa, mas não a atingiu.
FUGA E INVESTIGAÇÃO
Após o ataque, um dos réus teria descido do veículo para confirmar se o plano havia sido concluído. Ao suspeitar da presença de um policial no local, ordenou a fuga imediata. Dois fugiram de moto, enquanto os demais deixaram a cena do crime no carro. Um chinelo abandonado no bar foi apreendido e, posteriormente, submetido à perícia genética, que confirmou a presença de um dos acusados na cena do crime.
O processo é conduzido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Marília. A denúncia e seu aditamento foram recebidos, os réus foram citados, apresentaram defesas e participaram da fase de instrução, com oitivas de testemunhas, vítimas e interrogatórios.
A juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, responsável pelo caso, determinou a manutenção da prisão preventiva de todos os acusados, destacando a gravidade dos fatos e a necessidade de garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.
O julgamento desta terça-feira, que envolve crime brutal com múltiplas vítimas, deve atrair atenção por envolver várias famílias e despertar ainda interesse acadêmico, pela complexidade do processo.
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