Marília

Taxa de contaminação indica avanço da Covid em Marília

Tabela de estudo da Unesp (Gráfico: SP-Covid-19 Info Tracker/Unesp)

Plataforma desenvolvida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), para o acompanhamento dos indicadores da pandemia nos municípios, aponta que a taxa de contaminação em Marília está acima dos parâmetros necessários para o controle da Covid-19.

O indicador local está em 1,15 e significa, estatisticamente, que a cada grupo de seis pessoas contaminadas, outras sete estão sendo infectadas. Quanto mais perto de 1 estiver a taxa, maior é a estabilidade. Para redução de casos, seria necessário que o índice ficasse abaixo de 1.

O acompanhamento da Unesp aponta aumento de 7,58% dos casos confirmados na cidade nos últimos sete dias – a última atualização ocorreu dia 15 de junho. No mesmo período, os casos ativos cresceram 61,46%. Vale lembrar que a média é de 15 dias para que a fase de transmissão seja considerada concluída.

Com o avanço da vacinação, as internações caíram 7,26%, mas o número de óbitos ainda cresce: 6,16% nos últimos sete dias. A letalidade da Covid-19 está em 2,5%, pouco abaixo da média nacional (2,7%).

O aumento semanal de óbitos (6,61%) coloca Marília na 9ª posição em São Paulo, no ranking das cidades com maior crescimento no indicador de morbidade, entre os municípios paulistas com mais de 100 mil habitantes.

De acordo com o gráfico da Unesp, até ontem, a ocupação de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid na região era a segunda pior do Estado, atrás apenas de São João da Boa Vista (95,8%). Na regional mariliense – formada por 61 municípios – a taxa estava em 95,2%.

São 260 pessoas internadas em terapia intensiva, para 262 leitos cadastrados.

VACINA

Para o professor de fisiopatologia da Unesp Marília, pesquisador e autor de estudos de acompanhamento da pandemia, Vitor Engracia Valenti, os números mostram que o aumento da contaminação está sendo desproporcional ao avanço das internações. Um dos fatores que ajudam a explicar estas linhas não caminharem juntas é a vacinação.

“Conforme a vacinação é intensificada, ainda que haja um número percentualmente maior de casos, tende a haver infecções com sintomas mais leves. As internações só não reduzem porque a transmissão do vírus segue elevada. A vacinação consegue segurar um pouco. Esperamos para ver se o cronograma do Estado de vacinar todos adultos com pelo menos uma dose até setembro se concretize”, conclui Engracia.

Carlos Rodrigues

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