Um homem de 46 anos foi preso neste fim de semana em Marília, na zona norte da cidade, acusado de envolvimento na morte de Guilherme de Souza Silva, de 26 anos. O corpo foi encontrado em um barraco na favela do Parque das Azaleias (zona sul), no início do mês.
O mandado de prisão contra ele foi cumprido pela Polícia Militar na rua Machado de Assis, bairro Palmital, durante uma abordagem em via pública.
Já cientes da existência da ordem judicial, expedida pela 3ª Vara Criminal de Marília no dia 27 de junho, os agentes conduziram o homem à Central de Polícia Judiciária (CPJ). Após os trâmites, ele será transferido ao sistema penitenciário.
CRIME BÁRBARO
As investigações apontam que Guilherme foi vítima de homicídio triplamente qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Perícia concluiu que ele morreu por asfixia, possivelmente por esganadura.
O crime aconteceu em um barraco abandonado, onde o corpo foi encontrado, com as mãos e pernas amarradas por cordas e a boca coberta por esparadrapo.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), o suspeito, que residia no imóvel onde o crime ocorreu, teria submetido Guilherme a intenso sofrimento físico e psicológico antes de matá-lo.
Após o assassinato, ele teria deixado o local, abandonando o corpo, que foi encontrado dias depois por policiais militares, já em estado de decomposição.
FRAGILIDADE EMOCIONAL E DROGAS
Guilherme de Souza Silva não era conhecido apenas pela dependência química, segundo a família, que o define como “um jovem de personalidade tímida”, que desde a infância enfrentava “dificuldades cognitivas e emocionais”.
Em entrevista ao Marília Notícia, o pai da vítima, Edvaldo Batista da Silva, descreveu o filho como “uma criança de 26 anos”, ressaltando que ele não tinha inimigos e realizava pequenos serviços eventuais para manter seu vício e comprar alguns objetos de desejo.
Segundo a família, Guilherme havia recebido cerca de R$ 800 por um serviço prestado na sexta-feira anterior ao crime. Foi visto pela última vez naquele mesmo dia.
“Estava passando um tempo fora de casa, com uma pessoa conhecida, mas não estava morando na favela. Ele veio em casa assistir ao jogo [de futebol] comigo. Falei pra ele: filho, vem no domingo, mas ele não veio”, disse o pai.
A família suspeita que ele tenha sido morto em função do dinheiro que possuía, que poderia ter despertado a cobiça. A polícia não chegou a essa conclusão, nas investigações, e o homem preso não responde – até o momento – por ter subtraído nenhum bem ou valor de Guilherme.
PERICULOSIDADE
O Ministério Público do Estado de São Paulo destacou, ao pedir a prisão preventiva, que o acusado possui “péssimos antecedentes, é reincidente e egresso do sistema prisional”, o que, segundo a promotoria, evidencia sua periculosidade.
A decisão judicial considerou a necessidade de garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e a proteção da investigação.
De acordo com a Promotoria, o crime é considerado hediondo e a gravidade dos fatos afasta a adoção de medidas cautelares alternativas à prisão.
Ainda não há informações sobre as motivações para o crime. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, responsável pelo caso, ainda poderá fazer novas diligências para ampliar os esclarecimentos.
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