Nos últimos anos, um movimento muito importante ganhou força entre mulheres de diferentes idades: a decisão de coletar e congelar óvulos para postergar a gestação. Seja para focar na carreira, garantir estabilidade financeira, amadurecer emocionalmente ou simplesmente viver outras fases da vida antes da maternidade, o congelamento de óvulos deixou de ser um tabu.
Hoje, ele é visto como uma escolha consciente, moderna e cada vez mais acessível — uma forma de a mulher cuidar do seu futuro reprodutivo com liberdade e planejamento.
Com esse aumento na procura, cresce também a preocupação em chegar ao procedimento com o corpo preparado. E é aí que entra um fator fundamental: a alimentação.
Os hábitos alimentares nas semanas que antecedem a coleta podem melhorar a qualidade dos óvulos, otimizar a resposta ovariana e reduzir inflamações que atrapalham o processo. Em outras palavras: o que vai no prato influencia diretamente no que acontece nos ovários.
A boa notícia? Uma alimentação bem planejada é simples, gostosa e totalmente possível no dia a dia.
-A nutrição como aliada da fertilidade
Durante o preparo para a coleta de óvulos, o corpo da mulher passa por uma fase intensa de estimulação dos ovários. Esse período exige um bom suporte nutricional, principalmente vitaminas, minerais e antioxidantes que participam da maturação dos folículos e da proteção celular.
Nutrientes como coenzima Q10, ômega-3, vitaminas do complexo B, zinco, ferro, vitamina D e selênio atuam diretamente na qualidade dos óvulos. Ao mesmo tempo, alimentos inflamatórios ou muito processados podem atrapalhar a resposta ovariana e prejudicar o resultado da coleta.
Por isso, cuidar da alimentação não é apenas complementar ao tratamento — é uma verdadeira estratégia de fortalecimento do corpo.
Eles reduzem o inchaço, melhoram o ambiente celular e favorecem a evolução dos folículos.
Inclua:
• Salmão, sardinha, cavala
• Azeite extravirgem
• Abacate
• Linhaça e chia
• Cúrcuma, gengibre e alho
• Frutas vermelhas (morango, mirtilo, amora)
Esses itens são como um “calmante” natural para o organismo.
Os óvulos são células extremamente sensíveis ao estresse oxidativo. Antioxidantes funcionam como uma proteção natural.
Boas escolhas:
• Uva roxa, romã e cacau
• Tomate, goiaba, melancia
• Couve, espinafre e brócolis
• Frutas cítricas
• Chá verde (com moderação)
Eles ajudam a preservar a integridade genética dos óvulos.
A maturação folicular depende de aminoácidos essenciais. Por isso, é importante garantir fontes boas de proteína todos os dias.
Exemplos:
• Ovos
• Frango
• Peixes
• Leguminosas: grão-de-bico, lentilha, feijão
• Iogurte natural e kefir
• Tofu e outras proteínas vegetais
Manter a glicemia estável é essencial para o equilíbrio hormonal.
Prefira:
• Aveia
• Batata-doce
• Arroz integral
• Pães e massas integrais
• Quinoa
• Frutas inteiras
Esses alimentos liberam energia de forma gradual, evitando picos de insulina.
Os ovários precisam de gorduras boas para produzir hormônios.
Opções ricas:
• Azeite
• Castanhas e nozes
• Amendoim puro
• Avocado e abacate
• Peixes ricos em ômega-3
Alguns alimentos aumentam a inflamação e prejudicam a qualidade dos óvulos. Nas semanas anteriores ao procedimento, evite:
• Frituras
• Fast food e ultraprocessados
• Açúcar em excesso
• Bebidas alcoólicas
• Carnes processadas
• Refrigerantes
• Excesso de cafeína
• Farinhas muito refinadas
Esses itens interferem no equilíbrio hormonal e na saúde reprodutiva.
O intestino também influencia na fertilidade
Pode parecer distante, mas intestino e ovários conversam o tempo todo. Um intestino desregulado aumenta inflamação, atrapalha a absorção de nutrientes e altera o metabolismo dos hormônios.
Por isso, vale investir em:
• Fibras (frutas, verduras, aveia)
• Prebióticos (banana, alho, cebola, aspargos)
• Probióticos (kefir, iogurte natural, kombucha)
Tudo isso ajuda a regular hormônios e fortalecer o corpo para a coleta.
A importância da hidratação
Água é essencial para o funcionamento celular, circulação sanguínea adequada e equilíbrio hormonal.
Durante a estimulação ovariana, o corpo tende a reter mais líquidos — e beber água ajuda a manter tudo regulado.
Aposte em:
• Água
• Água de coco
• Chás suaves (hortelã, camomila, capim-limão)
A decisão de congelar óvulos é um gesto de autocuidado, liberdade e planejamento. E quando essa mulher une ciência, alimentação consciente e acompanhamento especializado, ela chega ao procedimento mais fortalecida — por dentro e por fora.
Mais informações podem ser obtidas com a nutricionista Natália Figueiredo no Instituto InMulti, na rua Carlos Botelho, 703, pelos telefones (14) 3433-6198 e (14) 9 9162-7550 ou pelo site [clique aqui].
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Natália Figueiredo é nutricionista especialista em nutrição clínica e saúde da mulher (CRN-SP 58451)
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