Comemorado em 15 de agosto, o Dia Nacional das Santas Casas chama a atenção para a importância das instituições filantrópicas que sustentam uma parte significativa da rede pública de saúde no Brasil. São mais de 1.838 Santas Casas e hospitais filantrópicos em operação no país, responsáveis por cerca de 50% das internações hospitalares realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB).
Essas instituições gerenciam, atualmente, 13.385 dos 31.808 leitos de UTI destinados ao SUS. Entre os 317.773 leitos voltados para diversas especialidades, 118.943 estão sob responsabilidade de Santas Casas e hospitais filantrópicos. Boa parte dessas entidades atua em regiões onde a presença do poder público é limitada. Dados de 2023 do Ministério da Saúde indicam que elas respondem por 40% das internações de média complexidade e por 60% das de alta complexidade em todo o sistema.
Em Chavantes, município de 14 mil habitantes no interior de São Paulo, a Santa Casa local opera de forma ininterrupta desde 1923 e tornou-se referência regional, especialmente na área de oftalmologia de alta complexidade. A unidade atende pacientes de toda a Diretoria Regional de Saúde (DRS) de Marília, região com população estimada em mais de três milhões de pessoas.
Nos últimos anos, a Santa Casa passou por uma transformação administrativa e passou a integrar o Grupo Chavantes, Organização Social de Saúde (OSS) que atualmente administra 36 projetos em seis estados brasileiros. Na região de Marília e Ourinhos, a entidade atua também na gestão das unidades do Samu e de residências terapêuticas.
O desempenho coloca o Grupo Chavantes entre os 10 maiores do país no modelo de gestão compartilhada da saúde pública.
Para a presidente do Grupo Chavantes, Letícia Bellotto Turim, advogada especializada no terceiro setor, o desafio das OSS vai além da prestação de serviços: é demonstrar que é possível oferecer saúde pública com excelência. “A nossa atuação parte da ideia de que a excelência deve estar presente também no SUS. Isso exige planejamento, metas claras, avaliação constante e transparência com o poder público e com a população”, afirma.
Esse direcionamento levou a Santa Casa de Chavantes a conquistar, recentemente, a certificação internacional da Agência de Calidad Sanitaria de Andalucía (ACSA), da Espanha. Trata-se da primeira unidade filantrópica do país a obter o selo, que avalia padrões de qualidade e segurança no atendimento. “A certificação chancela um trabalho coletivo, que começa com a valorização das equipes e passa por decisões baseadas em evidências — não apenas em boa vontade ou tradição”, completa Letícia.
Segundo ela, atuar como OSS requer uma postura profissionalizada, com foco em resultados e compromisso com a transparência. “Trabalhamos com auditorias, indicadores e contratos de desempenho. Esse modelo precisa se firmar como alternativa real para fortalecer o SUS, sem abrir mão da missão filantrópica”, defende.
Ao completar 102 anos de atuação, a Santa Casa de Chavantes busca se adaptar às exigências atuais da saúde pública sem perder de vista seu papel social. Para Letícia, esse equilíbrio é fundamental para garantir a sustentabilidade do setor. “A tradição nos trouxe até aqui, mas é a inovação que garante que a gente continue servindo quem mais precisa, com qualidade, compromisso e responsabilidade.”
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