Questionado outro dia por um amigo sobre qual foi o melhor filme de guerra que já tinha assistido, me pairou uma baita dúvida. Longas sobre conflitos armados sempre trazem mais do que explosões e estratégias, destruições e decisões políticas. Mas me ative a dois, num primeiro momento: “Platoon”, de Oliver Stone, estrelado por Charlie Sheen, e “Apocalipse Now”, de Francis Ford Coppola, estrelado por Martin Sheen (aliás, pai de Charlie).
A coincidência destes dois títulos não está apenas no clã Sheen – pai e filho conferiram dramaticidade aos respectivos filmes. Ambos retratam a guerra do Vietnã e suas consequências, tanto nas comunidades vietnamitas quanto nas mentes dos soldados americanos.
“Platoon”, na minha opinião, é o olhar do jovem recruta que é tomado pelo patriotismo para defender sua Nação e decide ir ao front por vontade própria. Pelo que soube, anos depois de ter assistido “Platoon” pela primeira vez, é a visão de Stone, o diretor, que na juventude lutou no Vietnã.
Já “Apocalipse Now”, de Coppola, é um roteiro adaptado para o longo e tenebroso confronto na Ásia a partir do livro “O coração nas trevas”, de Joseph Conrad (1853-1924). A obra, publicada em 1902, teve sua narrativa perfeitamente adaptada nos desdobramentos sociais e econômicos no solo vietnamita durante e após a guerra contra a potência norte-americana.
Na história original, um personagem se embrenha numa África colonizada. Na versão cinematográfica dirigida por Coppola – e que quase o levou à ruína pela sequência de desencontros, incluindo até mesmo uma inusitada situação com o necrotério das Filipinas, onde o filme fora gravado – Martin Sheen (que sofreu um enfarte no set de filmagens) embarca numa lancha bélica e se aprofunda nas profundezas da selva à caça do coronel Kurtz. Kurtz é interpretado por Marlon Brando.
Em “Platoon” outro coadjuvante rouba a cena, Willem Dafoe. Dafoe interpreta Elias, um sargento que tenta a todo custo manter o que resta de humano em si e nos seus comandados.
A pergunta não pôde ser respondida de pronto e nem de forma simples. Primeiro, os dois filmes que me ocorreram retratam apenas a Guerra do Vietnã, conflito ocorrido entre 1959 e 1975. E mesmo sobre este confronto, deixei de fora “O franco atirador”, de Michael Cimino – roteiro do próprio Cimino – estrelado por Robert De Niro e que foca, basicamente no pré e pós-guerra na vida de simples operários americanos que se tornam soldados no Vietnã, onde sufocam sonhos e vontades. Ao voltarem de lá, nunca mais serão os mesmos, principalmente pela brutalidade que viveram e sofreram.
Nem citei os filmes que retratam a 2ª Guerra Mundial, como “Os mortos que caminham”, de 1962, “O resgate do soldado Ryan”, com Tom Hanks ou a superprodução dirigida por Clint Eastwood dividida em dois filmes: “A conquista da honra” e “As cartas de Iwo Jima” (este último rodado em japonês) .
E ainda assim faltou mencionar o filme que tem um mariliense na produção (o Gui Marega), “1917”, que concorreu ao Oscar de Melhor Filme, que aborda as trincheiras da I Guerra Mundial.
É difícil mesmo responder qual é o melhor filme de guerra, porque se voltarmos ainda mais no tempo, nem mencionei os longas que retratam a Guerra da Secessão, como “…E o vento levou”, de 1939, inspirado na obra homônima de Margareth Mitchell (1900-1949). Pode parecer um filme de amor, mas tem sua atmosfera a relação da sociedade com a guerra e os efeitos das batalhas.
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