Apreensão feita pela Dise durante operação Synthlux em Marília (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) ingressou com recurso na Justiça contra a não decretação das prisões preventivas dos jovens presos pela Polícia Civil durante a Operação Synthlux, em Marília. A ação policial foi comandada pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), que culminou na detenção de jovens de classe média alta, suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas.
Segundo o Ministério Público, apesar de ter recebido a denúncia contra os denunciados, a Justiça não decretou a prisão preventiva de todos. Foi determinado o encarceramento de apenas quatro deles, que estariam foragidos. Além disso, o Judiciário teria revogado as prisões temporárias de 18 acusados no caso.
O 7º promotor de Justiça de Marília, Reginaldo César Faquim, afirmou que – ao não decretar a prisão preventiva, nem mesmo dos líderes e daqueles que estavam presos temporariamente – a Justiça não considerou por completo a gravidade das ações criminosas apuradas.
“Trata-se de ação penal em que os recorridos foram denunciados e estão sendo processados sob a imputação de crimes de tráfico e associação ao tráfico de entorpecentes. Segundo se apurou, no curso de investigação visando o combate ao tráfico de entorpecentes, policiais civis da Dise de Marília identificaram a existência de uma associação criminosa, dedicada ao tráfico de drogas nesta cidade e região, especialmente a substância haxixe”, afirma o promotor.
Faquim também pediu que o recurso permanecesse em segredo de Justiça, mas a juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, que recebeu o pedido indeferiu o sigilo.
Todos os suspeitos foram denunciados pelo MP, a denúncia foi recebida pela Justiça, mas os denunciados seguem respondendo ao processo em liberdade.
OPERAÇÃO POLICIAL
A Polícia Civil deflagrou no dia 7 de fevereiro a operação Synthlux, com a finalidade de desmantelar uma quadrilha envolvida com o tráfico de drogas. A quadrilha movimentou grande quantidade de dinheiro em pouco tempo.
Segundo o delegado titular da especializada, João Carlos Domingues, a polícia cumpriu 22 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão. A operação ocorreu em Marília e diversas cidades, como Bauru, Ourinhos, Assis, São Paulo e Catanduva.
Só em Marília foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão. A operação durou o dia todo, mas até o final da manhã já tinham sido apreendidos celulares, computadores, droga, dinheiro e alguns veículos.
O delegado explicou, na ocasião, que a operação já estava em andamento há quase um ano.
“Começamos com ela pequena e se expandiu. A gente apurou que se trata de uma organização criminosa, envolvida no tráfico de entorpecentes. São pessoas de classe média alta envolvidas. […] Temos pessoas envolvidas com essa organização criminosa no Brasil inteiro. Nós enxugamos um pouco a operação para termos condições materiais e humanas de realizar”, detalhou Domingues ao Marília Notícia.
“Estamos fazendo operação em Marília, Bauru, Ourinhos, Assis, São Paulo, Catanduva. Mas na realidade, existem membros dessa quadrilha em outras unidades da federação, como Santa Catarina, Brasília, Recife. É uma organização criminosa bastante grandiosa, a especialidade deles é o haxixe e uma infinidade de drogas sintéticas. Hoje o preço dessa droga está girando em torno de R$ 200 o grama. Não é para qualquer um. É uma droga comercializada nas camadas sociais mais elevadas”, afirmou o delegado.
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