President of the Tokyo 2020 Organising Committee Yoshiro Mori wearing a face mask arrives at a news conference after giving a presentation to the International Olympic Committee (IOC) about the rearrangement of the Tokyo Summer Olympic Games for next year, in Tokyo on July 17, 2020. - Tokyo 2020 organisers said on July 17 they have secured all the venues needed to hold the Olympics next summer, clearing a major hurdle to hosting the event postponed over the coronavirus. (Photo by ISSEI KATO / POOL / AFP)
O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Yoshiro Mori, anunciou nesta sexta-feira a sua renúncia após a repercussão negativa de comentários machistas feitos na semana passada, durante reunião de dirigentes da organização. “Minha declaração inadequada causou muito caos. Desejo renunciar ao cargo de presidente a partir de hoje (sexta)”, disse Mori durante seu discurso. Ele disse que o mais importante agora é que a Olimpíada seja um sucesso.
O ex-primeiro-ministro japonês, de 83 anos, fez este anúncio na reunião dos conselheiros e da diretoria-executiva do órgão, convocada para discutir as consequências das declarações de Mori e decidir sobre um sucessor. De acordo com a imprensa local, nomes como o do atual chefe da Vila Olímpica, Saburo Kawabuchi, ou da ministra japonesa, Seiko Hashimoto, estão sendo cogitados
O comitê já havia informado na quinta-feira que os membros do Conselho Executivo se reuniriam para “expressar suas opiniões sobre as declarações de Mori” e discutir “iniciativas futuras” do órgão sobre igualdade de gênero.
No último dia 3, Mori afirmou que as mulheres falavam muito durante as reuniões do conselho, o que para ele era “irritante”, competiam entre si e disse que as que trabalham no Comitê Organizador “sabem seu lugar”. No dia seguinte, o dirigente pediu desculpas durante uma entrevista coletiva, mas negou que renunciaria ao cargo.
Mas a pressão sobre o então presidente e o Comitê Organizador não diminuiu desde então. Na quarta-feira, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, afirmou que não estava entre seus planos comparecer a uma reunião sobre os Jogos, marcada para o final deste mês, “porque não seria uma mensagem positiva dada a situação atual”.
Um dos maiores patrocinadores da Olimpíada de Tóquio, a montadora japonesa Toyota, também questionou a conduta do ex-primeiro-ministro. “É lamentável que os comentários do chefe do Comitê Organizador (Tóquio-2020) sejam contrários aos valores que defendemos na Toyota”, segundo nota escrita do presidente do grupo, Akio Toyoda, lida por um de seus assessores durante conferência de imprensa sobre os resultados financeiros da empresa.
Dos 54 patrocinadores dos Jogos que responderam a uma pesquisa da emissora de televisão pública NHK, 36 consideraram as palavras de Mori “inaceitáveis”, embora nenhum tenha manifestado intenção de cancelar seus contratos. Na terça-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI), que primeiro considerou o assunto encerrado após as desculpas de Mori, também acabou julgando as palavras como “absolutamente inadequadas”.
Atletas como a estrela do tênis feminino japonês Naomi Osaka, voluntários para os Jogos Olímpicos, funcionários de várias embaixadas em Tóquio ou parlamentares da oposição no Japão, também protestaram nos últimos dias, enquanto uma petição online pede medidas contra Mori, recolhendo, até o momento, mais de 145 mil assinaturas.
Este escândalo é um novo problema para os organizadores dos Jogos, que buscam recuperar o entusiasmo. O evento será realizado de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, após ser adiado no ano passado devido à pandemia do novo coronavírus.
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