Manifestantes em Marília (Foto: Leonardo Moreno)
Após protestos, a Prefeitura de Marília “correu atrás” para contornar as greves de funcionários do programa ESF (Estratégia Saúde da Família) e dos médicos de família e comunidade, que trabalham na atenção primária.
Os funcionários chegaram a cruzar os braços por dois dias e os médicos ainda podem paralisar sua atuação caso o pagamento prometido não seja liberado.
Cerca de 450 funcionários do ESF entraram de greve na terça-feira (20) e mais de 30 postos de saúde passaram somente a atender urgência e emergência, conforme o SinSaúde – sindicato da categoria, informou. Protestos foram registrados nos últimos dois dias em frente ao Paço Municipal.
Na quarta-feira (21), foi a vez dos médicos anunciarem que decidiram por greve. Em ambos os casos a motivação é o atraso nos pagamentos.
O ESF é gerido pela Maternidade Gota de Leite, contratada pela Prefeitura que tem atrasado repasses com a alegação de que o Governo Federal não tem cumprido com sua parte nos recursos. O SinSaúde afirma que os salários deveriam ter sido pagos no último dia 6.
NEGOCIAÇÕES
Após a greve dos funcionários, a prefeitura pagou metade dos vencimentos e anunciou a segunda metade para a semana que vem.
No entanto, após intensa manifestação com dezenas de trabalhadores em frente ao prédio da Prefeitura, a administração convocou uma reunião com Aristeu Carriel, representante da categoria.
“Acabo de receber o relatório da Fazenda municipal confirmando o repasse de receita à Prefeitura e possibilitando o pagamento. Diante disso, convidei o presidente Aristeu e outros diretores do sindicato para uma reunião, informando a liberação do recurso para a quitação do atrasado, com o compromisso de término da greve”, afirmou o prefeito Vinicius Camarinha (PSB).
Em nota enviada para a imprensa, a administração municipal veiculou fala no sindicalista Carriel: “O presidente do Sinsaúde, Aristeu Carriel, após o encontro com o prefeito, promoveu a assembleia dos funcionários diante da Prefeitura para o encerramento da greve. ‘A reunião com o prefeito Vinicius foi proveitosa para o encerramento da paralisação de dois dias. Agradeço o empenho do município para a liberação do recurso’”. A reportagem do MN não conseguiu falar com Carriel.
MÉDICOS
Em relação a anunciada paralisação dos médicos, a Prefeitura enviou nota informando que “o atraso se refere aos plantões com vencimentos em novembro e dezembro. O pagamento ocorrerá no dia 23 de dezembro (vencimento de novembro) e até 27 de dezembro (vencimento de dezembro), regularizando dessa forma todas as pendências com os médicos plantonistas”.
O MN falou com o presidente do sindicato dos médicos em Marília, Goro Takamitsu.
De acordo com ele, a greve já foi aberta em assembleia realizada nos últimos dias, mas os médicos esperam os prazos dados para cruzarem os braços.
Uma nova assembleia será convocada para a terça-feira (27) e, caso os pagamentos sejam feitos conforme o anunciado pela administração municipal, os médicos devem suspender a paralisação.
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