Prefeitura contrata empresa para realizar 3 mil castrações

Foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (10) o extrato do contrato da Prefeitura de Marília com a empresa Clinicão  Veterinária Franchising Ltda, de Guaratinguetá (distante 610 quilômetros de Marília) para serviços especializados de medicina veterinária em unidade móvel, fornecendo exame clínico prévio e o procedimento cirúrgico de castração para 3 mil animais, entre cães e gatos.

O valor do contrato é de R$ 660 mil, e prevê 3.600 consultas, 3 mil castrações e a implantação de 3 mil microchips de identificação nos animais castrados.

Segundo o edital, a unidade móvel deve ser fornecida pela empresa contratada, e atenderá em quatro bairros, sendo um em cada região da cidade: Nova Marília (zona Sul), Santa Antonieta (zona Norte), Califórnia (zona Oeste), e Aeroporto (zona Leste).

Os serviços devem ser iniciados em três meses – ficou acordado o início cinco dias após a expedição da ordem de serviços, que será emitida em até 90 dias contados da data da assinatura do contrato. O mesmo foi assinado nesta segunda-feira (9).

Os serviços de castrações foram interrompidos em Marília no início da pandemia, em 2020, e retomados meses depois. Na época, houve inclusive uma decisão judicial proibindo a Prefeitura de suspender as castrações. O juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, da Vara da Fazenda, entendeu que se tratava de uma questão sanitária, e estipulou multa diária de R$ 1 mil em caso de novas suspensões.

CASTRAMÓVEL

Em junho de 2019, a Prefeitura havia anunciado a aquisição de um castramóvel (Unidade Móvel de Atendimento Veterinário), com recursos de emenda parlamentar do deputado Ricardo Izar (Progressistas). O investimento foi de R$ 128,5 mil.

Mais de um ano depois, no entanto, o Marília Notícia constatou que o semirreboque que deveria ser usado como uma unidade móvel para castração de cães e gatos, não havia saído do lugar – permanecia na garagem da Prefeitura.

O MN questionou a administração municipal se a unidade poderia ser aproveitada pela empresa contratada para realizar as castrações, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.