Usada para indicar algo valioso e dispendioso, mas sem utilidade, a expressão “elefante branco” traduz o que se tornaram os prédios do conjunto habitacional Paulo Lúcio Nogueira, construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) na zona sul de Marília.
Inicialmente destinados a abrigar centenas de famílias, os imóveis, que corriam risco de desmoronamento, foram desocupados. Desde então, as estruturas foram abandonadas e se tornaram alvo constante de furtos e vandalismo.
Sem moradores e sem qualquer tipo de segurança adequada, os edifícios foram saqueados ao longo dos meses. Criminosos furtaram toda a fiação, esquadrias, portas e janelas. Os telhados também foram completamente levados. O interior dos prédios ficaram expostos à ação do tempo, o que acelera ainda mais a deterioração das estruturas. Com isso, os imóveis estão em condições ainda piores do que no momento da retirada das famílias.
A situação no conjunto habitacional levou a Defensoria Pública de São Paulo a intervir judicialmente. Em documento apresentado no processo, a defensora pública Andrea da Silva Lima, que atua na 9ª Defensoria da Unidade de Marília, apontou a degradação completa dos prédios e a inércia, tanto do município quanto da CDHU, que nada teriam feito para proteger o local.
“Diante da inércia do município e da CDHU, os prédios foram totalmente vandalizados. Toda a fiação e esquadrias foram furtadas. A falta de isolamento do local aumentou ainda mais os prejuízos dos proprietários dos imóveis, bem como o custo de eventual reforma”, afirma Andrea.
A Defensoria destaca que a ausência de providências para isolar a área e evitar os saques tem impactado diretamente os proprietários, que já enfrentam dificuldades para garantir seus direitos sobre os imóveis. Além disso, o pedido reforça a necessidade de uma solução para que os edifícios não se tornem permanentemente inutilizáveis.
Enquanto o impasse permanece na Justiça, os prédios do conjunto habitacional se tornam monumentos ao abandono. As famílias que ali viviam aguardam uma solução definitiva, enquanto os imóveis saqueados e deteriorados enfrentam um futuro incerto.
OUTRO LADO
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação afirma que a prioridade do município, em conjunto com a CDHU, foi garantir a segurança dos moradores. As famílias foram retiradas dos prédios e o atendimento via auxílio-moradia tem sido oferecido.
Contudo, a pasta estadual aponta que os edifícios são de propriedade particular, com a maioria das unidades já quitadas, o que, segundo a administração, impede a aplicação de recursos públicos para sua recuperação.
“A questão está judicializada, e a CDHU acompanha a tramitação do processo”, informa a Secretaria, destacando que, por se tratar de um espaço privado, qualquer intervenção financeira pública depende de autorização judicial.
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