Bombeiros e policiais civis escavando quintal em busca do corpo da vítima (Foto: Alcyr Netto/Marília Notícia)
Luto e consternação em Júlio Mesquita, cidade onde cresceu Michele Aparecida da Silva de Moraes, de 29 anos, cujo corpo foi encontrado no quintal de uma casa na zona norte de Marília, na tarde desta quinta-feira (28). Para a família, trata-se do desfecho trágico de uma história já marcada pela dor do então desaparecimento da jovem, mãe de três filhos.
Michele estava desaparecida desde fevereiro de 2024. Em janeiro deste ano, em entrevista a uma emissora de TV regional, a mãe, Luciana da Silva, contou que a última mensagem recebida da filha foi curta e enigmática: “Partiu”.
Na casa onde o corpo foi localizado morava o ex-companheiro dela, Manoel Messias Cândido, de 54 anos, preso em flagrante pela Polícia Civil sob acusação de ocultação de cadáver. Ele é apontado como autor do crime. Natural de Júlio Mesquita, vivia atualmente em Marília.
‘NUNCA ERA ELA’
Desde o desaparecimento da filha, Luciana cuida dos três netos em Júlio Mesquita. Em janeiro, ela relatou a esperança de ainda ouvir a voz de Michele.
“O coração da gente fica mais apertado, né? Às vezes o telefone toca e eu penso: ‘é ela’, mas nunca é. Quase um ano sem notícia, tá ficando difícil. Eu só queria uma mensagem, uma ligação dela para dizer: ‘Mãe, eu tô bem’. Mas nada, nada”, disse, na época.
“Não sei se partiu sozinha, se tinha alguém com ela. Depois disso, nunca mais nada. Só esse ‘partiu’”, acrescentou.
DESCOBERTA FOI SURPRESA
Na manhã desta sexta-feira (29), ainda sob o impacto da notícia, o padrasto de Michele, Celso Rogério da Silva, contou como a confirmação da morte abalou toda a família.
“Difícil. Porque sempre tem uma esperança. A gente não acreditava que ela estava morta. As crianças têm três, sete e nove anos. Eles ficaram abalados. Minha esposa também não dormiu essa noite. Foi um choque para todos nós”, afirmou.
Celso disse ainda que conhecia Manoel Messias e jamais imaginaria que ele poderia cometer o crime. “Ele conversava numa boa, brincalhão. Ninguém pensava que teria coragem de fazer isso com ela, que tinha filhos, mãe, família. Nunca pensei que fosse capaz”, declarou.
A revolta é maior porque, mesmo após ocultar o corpo, o suspeito chegou a telefonar para um cunhado de Michele, perguntando se havia notícias dela. “Ele teve a cara de pau de ligar, querendo saber se a gente sabia de alguma coisa. Tudo isso depois do que já tinha feito”, disse o padrasto, indignado.
INVESTIGAÇÃO
Michele era dona de casa e respondia a um processo por tráfico de drogas. Cumpria pena em regime de suspensão condicional, com comparecimentos regulares ao fórum de Marília.
As buscas conduzidas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, com apoio do Corpo de Bombeiros, resultaram na localização do corpo, em avançado estado de decomposição, no quintal da antiga residência de Messias.
O delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio informou que o suspeito confessou o crime, dizendo ter atingido Michele na cabeça com uma barra de amortecedor após uma discussão. Ele permanece preso, à espera de audiência de custódia.
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