Em plena campanha de maio pela luta antimanicomial, tanto as farmácias da Prefeitura de Marília, quanto a farmácia de alto custo do Estado (Medex), estão com importantes medicamentos psiquiátricos em falta.
Na Medex um dos principais remédios sem estoque é o antipsicótico Ziprasudona, recomendado para casos de esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo.
Um médico que atua na rede pública ouvido pela reportagem diz que dois de seus pacientes estão há 60 dias sem a medicação.
“Sem a Ziprasudon os sintomas psicóticos se tornarão mais agudos e muito provavelmente os pacientes precisarão de internação hospitalar psiquiátrica”, alerta um profissional da saúde que não quer ter seu nome divulgado.
A informação é de que já foram tomadas providências jurídicas junto à Defensoria Pública, mas o remédio ainda não foi disponibilizado.
Já nas farmácias da Secretaria Municipal da Saúde a informação é de que existe “indisponibilidade temporária” do antidepressivo Sertralina 50 miligramas, igualmente distribuído gratuitamente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) mediante receita médica.
O problema, segundo o município, seria a demora para entrega pelos fabricantes. De acordo com a administração local, vem sendo observado o uso da Sertralina na cidade. Houve uma distribuição superior a 330 mil comprimidos em menos de seis meses.
A previsão é de que a Sertralina volte a ser fornecida pelo município na primeira quinzena de junho.
Internações
No mês passado o Marília Notícia mostrou que a quantidade de internações por problemas mentais e comportamentais em Marília caiu pela metade na comparação entre 2008 e o ano passado, período que soma onze anos.
Em 2008 foram 2.066 internações desse tipo, enquanto em 2018 foram 1.010 casos. No período analisado, a quantidade começou a cair de forma mais intensa a partir do pico de 2012, com 2.352 internados. Veja o gráfico abaixo.
Estado
A reportagem do MN procurou a assessoria de imprensa do Estado para saber qual o motivo da falta de Ziprasudona na Medex de Marília e quando o fornecimento será normalizado.
“A Coordenadoria de Assistência Farmacêutica informa que o medicamento Ziprasidona é comprado e enviado aos Estados pelo Ministério da Saúde. A pasta recebeu novos lotes do Ministério na semana passada que estão sendo redistribuídos para as farmácias, com previsão de reabastecimento até a próxima semana. A pasta mantém diálogo com o Governo Federal para evitar impactos na assistência”, diz a nota enviada como resposta.
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