ONG resgata cachorras com sinais de maus-tratos em sítio
A ONG Spaddes resgatou, nesta terça-feira (20), duas cachorras com sinais de maus-tratos em um sítio na zona rural de Marília.
Após denúncia anônima, voluntários se deslocaram até o local e encontraram, dentro da propriedade, uma cachorra de porte médio, sem raça definida, dentro de um cercado lotado de fezes, sem água e sem comida, infestada de carrapatos pelo corpo, com sinais de desidratação corporal e muito magra.
Do lado de fora do cercado havia uma outra cadela, de porte médio, da raça blue heeler, magra e com alguns carrapatos pelo corpo.
Os voluntários conversaram com o tutor dos animais, que informou que a cachorra sem raça definida foi encontrada em via pública já nesse estado, e que o outro o animal da raça blue heeler foi pego de um terceiro em situação de magreza.
Foi solicitado o apoio da Polícia Militar para prestar apoio e fazer a condução do tutor até a Central de Polícia Judiciária (CPJ).
Na delegacia, o homem reafirmou que havia recolhido a cachorra sem raça definida já neste estado, dizendo ainda que os outros animais não a aceitaram e a atacavam. Por isso, ela estaria separada no cercado. Ele alegou que deixa água e comida antes de sair para trabalhar, em quantidade suficiente até retornar.
Os animais foram resgatados, passam por exames clínicos, não correm risco de vida, e futuramente serão encaminhados para adoção responsável.
O tutor dos animais não foi preso em flagrante, mas contra ele será instaurado um inquérito para apuração dos fatos pela Polícia Civil.
“Aconselho às pessoas que gostam de pegar animais de rua e colocar para dentro de suas casas, a assumir a responsabilidade e dar assistência médica veterinária para o animal, alimentação e todos os cuidados necessários. A partir do momento que você coloca um animal para dentro de sua casa, é de responsabilidade sua em zelar e cuidar da vida desse animal”, conclui Gabriel Fernando, diretor da ONG Spaddes.