Marília

Marília tem abstenção recorde em eleição presidencial

Marília nunca teve tantos eleitores faltosos em um primeiro turno para eleições presidenciais como no último domingo (8). Desta vez 23,21% dos 171.704 eleitores não foram votar – ou seja, quase 40 mil pessoas.

Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral e no recorte por município estão disponíveis desde 1994, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito pela primeira vez.

Naquele ano, apenas 11,9% do eleitorado marilienses deixou de comparecer às urnas para escolher deputados estaduais, federais e governadores, além do chefe da Nação. Desde então o índice mais do que dobrou.

Em 1998 houve um aumento para 17,5% de abstenções na cidade e em 2002, quando o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao poder, o percentual de eleitores faltosos caiu para 16,9% na primeira rodada.

No ano de 2006, o índice voltou a subir e se iniciou a escalada que persiste até o pleito mais recente. Os ausentes no primeiro turno em Marília somaram 17,6% naquela ocasião; 18,2% em 2010; e 21,1% em 2014.

Vale citar que o primeiro turno da eleição para prefeito, dois anos atrás, teve mais faltosos do que a ida às urnas de domingo. Em 2016 os marilienses que não votaram somaram 23,61% do eleitorado.

Brancos e nulos

Também chama a atenção a quantidade de brancos e nulos entre os votos dos marilienses na eleição deste ano.

No caso da disputa presidencial, os votos válidos somaram 92,20% (2,88% brancos e nulos 4,91%). Por outro lado, na votação para senador,  quase 30% dos votos foram descartados. Nulos foram 19,70% e brancos 10,25%.

Na eleição para governador em Marília, foram 6,74% dos votos em branco e 11,90% nulos. Os válidos somaram 81,36%.

No caso da escolha para deputado estadual, entre os marilienses que foram ate suas seções eleitorais, 6,21% votaram em branco e 6,78% votaram nulo. Apenas 87,01% foram válidos.

Para deputado federal, os votos considerados inválidos foram 7,34%, no caso dos brancos, e 7,87% nos nulos. Válidos foram 84,79%

Leonardo Moreno

Leonardo Moreno é jornalista e atualmente cursa Ciências Sociais. Vê o jornalismo de dados como uma importante ferramenta para contar histórias, analisar a sociedade e investigar o poder público e seus agentes.

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